Comunidade Acadêmica da Univasf volta a questionar decisões do reitor nomeado em regime temporário

11 de May / 2020 às 20h30 | Variadas

O Ministério da Educação (MEC) publicou no Diário Oficial no dia 9 de abril de 2020 portaria que designou o professor Paulo Cesar Fagundes Neves para o cargo de reitor pro tempore (reitor temporário) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).

O ato ampara-se na Medida Provisória que trata sobre o processo de escolha de dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). A redeGn publicou no último sábado 9, reportagem com queixas das lideranças estudantis que "não aceitam como legítima a nomeação do novo reitor".

Pelas redes sociais o estudante Bruno Abreu de Melo (Conselheiro do Conuni – representante estudantil), professor Omar Torres (Conselheiro do Conuni – representante externo) e Marcelo Silva de Souza Ribeiro (prof. da Univasf), fazem uma alerta a comunidade petrolinense.
Confiram:

"A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) passou a gerir o conhecido Hospital de Urgências e Traumas Doutor Washington Antônio de Barros (HUT) a partir de agosto de 2013. Desde então, o reitor Julianeli Tolentino de Lima passou a negociar um contrato de gestão entre Univasf e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que foi criada com a finalidade de melhorar os serviços de saúde dos hospitais da rede federal de ensino.

Em pouco tempo a Ebserh passou a ser reconhecida pela eficiência administrativa e exemplo de governança corporativa no serviço público. Não foi diferente com o Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf). A comunidade do Vale do São Francisco reconhece o excelente trabalho que a equipe do HU-Univasf vem desenvolvendo nos últimos anos, tanto que o HU-Univasf recebeu o Prêmio Excelência em Medicina em 2018 e alcançou a 10ª posição no ranking feito pela Controladoria Geral da União (CGU) entre as instituições federais que mais receberam elogios no ano de 2019.

Contudo, a instalação de uma gestão temporária na Univasf, com a nomeação de Paulo César Fagundes Neves, pelo Ministro Abraham Weintraub, vem causando polêmica na comunidade universitária, principalmente pela voracidade que vem demonstrando na mudança dos gestores. Cabe destacar que o primeiro ato de gestão do reitor temporário foi solicitar à Ebserh a mudança de todos os gestores do alto escalão do HU-Univasf. Nesse ponto cabe uma pergunta: por que mudar uma equipe tão elogiada pela eficiência, qualidade e desempenho?

O clima de instabilidade da Univasf também está sendo transmitido ao HU-Univasf. Por um motivo desconhecido, o presidente da Ebserh, General Oswaldo de Jesus Ferreira, não aceitou Paulo Fernandes Saad no posto de superintendente do HU-Univasf, como indicado pelo reitor temporário e noticiado pelo Blog Nossa Voz. No dia 24 de abril o vice-reitor temporário, Valdner Daízio Ramos Clementino, indicou Itamar Santos para assumir a superintendência do HU-Univasf. No dia 04 de maio, Ronald Juenyr Mendes foi exonerado e o presidente da Ebserh, descumprindo as próprias normas da empresa, nomeou Itamar Santos.

Diante desses fatos, tivemos acesso anonimamente a uma solicitação de informação feita à Ouvidoria da Ebserh, na qual vários questionamentos foram realizados e devemos ficar atentos aos próximos acontecimentos".

 Bruno Abreu de Melo (Conselheiro do Conuni – representante estudantil)

Omar Torres (Conselheiro do Conuni – representante externo)

Marcelo Silva de Souza Ribeiro (prof. da Univasf)

Redação redeGN Foto Arquivo Movimento Levante

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