Em coletiva ministro da Saúde foca em saída da quarentena, mas diz que pouco se sabe sobre a doença

22 de Apr / 2020 às 19h19 | Coronavírus

 

O ministro da Saúde, Nelson Teich, participou de sua primeira coletiva nesta quarta-feira (22) e disse que o governo federal prepara uma diretriz com o objetivo de preparar os estados e municípios para a flexibilização do distanciamento social contra o coronavírus.

Sem apresentar números ele informou que não serão apontadas regras gerais para todo o país, já que as realidades regionais e o avanço da doença são distintos em cada localidade. A proposta deverá ser apresentada na próxima semana, apontou Teich.

 "O afastamento, ele é uma medida absolutamente natural e lógica na largada. Mas ele não pode não estar acompanhado de um programa de saída. Isso é o que a gente vai desenhar. Isso é o que a gente vai dar suporte para estados e municípios" informou.

Nelson Teich considera que o número de pessoas infectadas com Covid-19 ainda é baixo, se comparado com o total da população e fez uma previsão mais otimista em relação à propagação do vírus: "A gente hoje tem 43,5 mil casos do coronavírus no Brasil. Se a gente imaginar que pode ter uma margem de erro grande - digamos que a gente tenha aí 100 vezes, isso é só um exemplo hipotético - a gente tá falando em 4 milhões de pessoas. Nós hoje somos 212 milhões. Então, fora da Covid tem 208 milhões de pessoas que continuam com as suas doenças, com os seus problemas, e que têm que ter isso tratado. E o que é que representam, hoje, 4 milhões de pessoas num país como esse? 2% da população", pontuou.

Sem abordar a subnotificação ou o tempo da pandemia em cada país, nem o trabalho de Mandetta, o ex-ministro, Teich elogiou o desempenho brasileiro. "Em relação a números, eu tenho os números colocados aqui, o Brasil, hoje, é um dos países que melhor performa em relação à Covid. (...) O nosso número é um dos melhores", enfatizou.

Questionado sobre como será a indicação para retomada das atividades em locais que já mostram esgotamento de leitos, o ministro afirmou que será preciso avaliar "em cada região" o que é adequado fazer, ressaltando que não haverá uma fórmula padrão para todo país. Teich disse que não tinha como dar exemplos específicos de cidades ou regiões onde já podem existir medidas de relaxamento social.

Da redação redeGN/ Foto reprodução

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