HDM/IMIP de Petrolina alerta aos pais e responsáveis sobre o aumento do número de acidentes domésticos no período de férias

23 de Jan / 2020 às 11h00 | Variadas

De acordo com dados do Ministério da Saúde, ao ano, 110 mil crianças são hospitalizadas em razão de acidentes domésticos, sendo o período de férias responsável pelo aumento de 25% no total. Em geral isso acontece porque as crianças tendem a ficar mais agitadas e cheias de energia devido ao maior tempo livre em casa.

Então, para prevenir situações de perigo (como queimaduras, quedas, fraturas, asfixias e afogamentos) durante as férias e garantir a diversão é preciso seguir algumas recomendações. É claro que não dá para evitar todos os incidentes, mas há maneiras e atitudes que ajudam na prevenção dessas eventualidades, como adotar protetores de tomadas para evitar choques elétricos – assim como manter ocultos os fios dos aparelhos eletrodomésticos.

Janelas devem sempre estar protegidas por grades ou telas, sem móveis próximos, para evitar as quedas. A cozinha é o lugar mais perigoso da casa, por isso, a criançada deve manter distância do fogão e do forno. Os cabos das panelas devem estar virados para dentro e o gás desligado quando não estiver em uso.

Os armários têm que ser fixados à parede e os objetos cortantes, como os talheres, devem ficar fora do alcance das crianças. No banheiro, é aconselhável que o piso seja antiderrapante para evitar queda, que o vaso sanitário fique com a tampa abaixada e os produtos de higiene/limpeza em lugares altos. É importante lembrar-se de nunca usar embalagens, como garrafas de refrigerante, para armazenar produtos não alimentícios.

O banho de chuva, comum no verão, também deve ser evitado, pois apesar de ser uma das atividades mais divertidas e irresistíveis que existe para qualquer criança, muitas vezes representa perigo. Além dos raios, é preciso estar atento ao poder das rajadas de vento, inundações e doenças ocasionadas pelas águas contaminadas.

Há, ainda, muitas outras pequenas atitudes que previnem acidentes, como adotar calçados anatômicos com solado antiderrapante, verificar os brinquedos para certificar-se de que não há partes que podem ser engolidas e retirar os tapetes e outros objetos que provocariam escorregões ou tropeções. Além disso, é recomendável estabelecer um bom diálogo com as crianças, buscando explicar os perigos de algumas situações.

Se o acidente não puder ser evitado saiba o que fazer em situações como:

Sufocamento e asfixia: Se, ao engolir um alimento ou algum outro item, a criança estiver tossindo, a orientação é ficar perto e esperar até que ela consiga expelir sozinha o objeto estranho. Caso isso não aconteça e o pequeno fique pálido, é preciso chamar o resgate o mais rápido possível e procurar alguém que saiba fazer as devidas manobras de desengasgo e desobstrução das vias aéreas. Cuidado ao tentar tirar o objeto da boca da criança, pois existe o risco de empurrá-lo ainda mais.

Queda: Primeiro, segure a criança até que ela pare de chorar e observe sintomas diferentes do usual. Entre eles estão perda de consciência, palidez, vômitos, choro prolongado, alterações no comportamento (sonolência ou agitação excessivas) e dor no pescoço ou nas costas. Se houver algum sintoma mais importante ou uma parada respiratória deve-se imediatamente chamar o socorro. Se tiver no ambiente alguém apto, as manobras de ressuscitação devem ser iniciadas.

Afogamento: Remova a criança o quanto antes do local e deixe-a deitada. Chame o socorro imediatamente. É importante manter a criança aquecida, porque a hipotermia, que é a baixa temperatura, agrava os sintomas do afogamento.

Queimaduras: Na queimadura com fogo, a orientação é rolar a criança no chão para tentar apagar as chamas e, assim que estiver controlado, lavar com água e levar para o hospital. No caso da queimadura por escaldamento, enquanto busca a ajuda de um profissional da saúde, lave a área com bastante água corrente. Já em quadros de queimadura elétrica, o primeiro passo é desligar o interruptor da chave e, depois, afastar a vítima da corrente elétrica. O ideal é não encostar nela, porque você pode levar um choque também. Em seguida, chame socorro e certifique-se de que a criança está respirando – se não estiver, inicie as manobras de ressuscitação ou procure alguém que esteja apto a fazê-las.

Intoxicação: A primeira coisa que deve ser feita é ligar para o Centro de Controle de Intoxicação mais próximo de onde você estiver e descrever o que foi ingerido, em que quantidade e o horário em que o fato aconteceu. Enquanto a ajuda não chega, evite que o pequeno pule ou fique muito agitado. A criança de pé favorece que o agente tóxico desça mais rápido.

Cortes: Cortes de pequena proporção devem ser lavados com água e sabão. Se houver sangramento, pressione a área o máximo que puder e procure atendimento médico o mais rápido possível. Mordidas de animais: Lave o local com água e sabão e procure atendimento médico. Se possível, observe o animal para ver se ele não tem alguma doença.

Anna Monteiro-Hospital Dom Malan Imip

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