Edvaldo Brito é empossado na Academia de Letras da Bahia

01 de Dec / 2019 às 14h00 | Política

Com os auditórios do Palacete Góes Calmon lotados, em Nazaré, o professor, jurista e vereador Edvaldo Brito foi empossado na sexta-feira (29) na Academia de Letras da Bahia, sucedendo o professor, engenheiro e escritor Guilherme Radel na cadeira de número 3, que tem como patrono o advogado, vereador e poeta Manoel Botelho de Oliveira, que viveu no século XVII.

Com um discurso forte e de muita pesquisa histórica, Brito destacou a fundação da academia em 1917, os muitos baianos ilustres que estão entre os seus 195 membros, seus antecessores na cadeira, as 15 mulheres que venceram séculos de isolamento social e foram admitidas, e os poucos negros que fazem parte do quadro histórico da casa, também eles vencendo adversidades e ocupando lugar de destaque no país.

Chamou a atenção para o poder transformador da educação, que através dela celebra milagres. Aplaudido de pé, o mais novo imortal baiano encerrou seu discurso dedicando aquela conquista para a sua mãe, dona Edite, uma lavadeira semialfabetizada que sempre o incentivou a "estudar para se tornar um grande homem".

Brito foi saudado pelo presidente da Casa, o advogado e escritor Joaci Góes, que contou a trajetória do novo acadêmico desde a infância pobre em Muritiba, no Recôncavo baiano, até a conquista do mundo como um dos maiores juristas do país e palestrante consagrado, professor da UFBa, Mackenzie e USP, prefeito e vice-prefeito de Salvador, quatro vezes secretário e autor de mais de 70 livros.

O prefeito ACM Neto, os senadores Otto Alencar e Jaques Wagner, o presidente da Câmara Municipal Geraldo Júnior, os deputados federais Antonio Brito, Sargento Isidório e Otto Alencar Filho, vereadores, comandantes militares, familiares e muitos amigos foram abraçar Brito, que comemorou: "Esta é uma das noites mais felizes da minha vida, não somente por me tornar imortal nesta Casa memorável, não somente por estar entre amigos queridos, mas, principalmente, por coroar a minha história de vida com este colar dourado, que simboliza a mais alta honraria da cultura baiana, que o entrego à memória de dona Edite, minha mãe, porque se não fosse ela, com sua determinação e incentivo, certamente eu não teria chegado tão longe. Obrigado a todos".

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