ARTIGO - O ABUSO DA LIBERDADE

22 de Sep / 2019 às 23h00 | Espaço do Leitor

É interessante observar como as modernidades contagiam a todos nos dias atuais, incorporando práticas e palavreados impensáveis em tempos passados, não somente no linguajar típico e natural aos jovens, mas hoje afetando até os idosos! Aquilo que era dito no passado, e cuja procedência tinha origem duvidosa, de pronto se insinuava que era mentira, ou logo se afirmava: NÃO É VERDADE! Hoje tudo se universalizou na expressão “Fake News” como forma de repudiar a tudo que não se deseja ouvir ou não se quer acreditar, principalmente quando influenciado pelas questões ideológicas, sem qualquer pretensão de conhecer a origem do que está sendo dito, quem o disse e as motivações que inspiraram aquela informação, que pode até ser realmente falsa ou, quem sabe, verdadeira.

Frente a essa circunstância, o mais seguro e confortável é exercitar os recursos investigativos para um posicionamento pessoal amparado num senso crítico claro e autêntico, sem exacerbar sob a pressão de fatos que nem sempre são falsos... A realidade é que os novos tempos chegaram com uma incrível velocidade, trazendo o forte impacto de uma comunicação intensa e eficaz apelidada de “redes sociais”, cujos efeitos tem uma potencialidade ainda não bem avaliada pelas pessoas, mas de intensos resultados tanto para o bem como para o mal. E quando são maléficos, saiam de baixo!

Ao se evidenciar o valor significativo das “redes sociais” como um dos componentes do avanço da internet no mundo, é impossível não destacar outro avanço devastador denominado de “hackers”, cuja ação, por ser oculta e geralmente criminosa, não tem vergonha de desrespeitar os limites alheios concernentes à privacidade, fixados e exigidos pela sociedade.

Por falar nesse segmento, impossível não lembrar da hoje famosa Intercept Brasil, cujo nome já diz tudo, ou seja: interceptar. Não pelo que pode representar de mentiras ou verdades o conteúdo que lhe foi repassado pelos hackers nacionais, mas qual o valor e patrocínio envolvidos na compra desse material, fato até hoje não revelado para conhecimento público ou das autoridades. Seria muito ingênuo acreditar que um hacker corra todos os riscos - inclusive um deles já está preso -, e entregue a um jornalista americano todo o material resultante do seu ato criminoso sem qualquer retribuição! A pretexto de quê? Para mim não importam os interesses ocultos ou a quem eles pretendem atingir no cenário político e jurídico nacionais, mas é inquietante verificar como é possível que um jornalista estrangeiro, sob a égide do direito à liberdade de imprensa, possa se imiscuir de maneira até desrespeitosa nas questões internas de um país, gerando visível intranquilidade!

A curiosidade maior que resulta desse episódio, é o questionamento se o Sr. Glenn Greenwald, da Intercept, agiria dessa forma mesmo que em qualquer outro país democrático do mundo, para não citar os países socialistas, onde a liberdade de expressão não existe sequer para os nacionais! É inaceitável imaginar que o Sr. Glenn possa divulgar conceitos irreverentes e impróprios para emitir os seus julgamentos sobre Juízes e autoridades oficiais do Brasil, sob a proteção do regime democrático vigente, e as autoridades da nação fiquem silenciosas e omissas ante tamanha ingerência! A sua postura é de verdadeiro ódio paranoico contra o atual governo brasileiro, motivo porque obtém os aplausos da esquerda nacional e é reverenciado por alguns âncoras do nosso jornalismo!

Lanço um desafio a qualquer jornalista nosso, que vá residir nos EUA, Europa ou Ásia, ou quem sabe em Cuba, Venezuela ou Rússia, e assuma semelhante postura envolvendo-se com investigações que possam interferir de alguma forma na política interna, e verá quantas horas lhe serão concedidas para deixar o país, sem delongas! Isso quando alguns, nos países socialistas, já não ficam por lá mesmo, por dias sem fim, em outras palavras: para sempre. Mas, num país tupiniquim, e democrático... tudo é possível!                        

Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.

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