Pastor Edilson de Lira Defende A Marcha para Jesus

08 de Aug / 2019 às 20h24 | Espaço do Leitor

No dia 31 de julho, o Blog GJ Notícias postou matéria (Veja aqui) informando que o Coordenador Estadual do Comitê 9.840 David Lima de Souza teria ingressado com denúncia no Ministério Público para investigação de patrocínio indevido por parte da Prefeitura de Juazeiro-BA a organização da Marcha para Jesus.

Na tarde desta quinta-feira (08) a nossa redação recebeu duas notas, uma da coordenação e outra do Pastor Edilson de Lira saindo em defesa da parceria com o Poder Público Municipal na organização da marcha. Confira:

Desabafo de um Guerreiro

Se temos uma bandeira lutamos por ela com unhas e dentes para alcançarmos a vitória, porém existem muitos fatores que nos levam e vencer, o primeiro é organização temos que entender que dividindo as funções e delegando cargos nos descentralizamos e crescemos de forma ordeira e próspera A MARCHA PARA JESUS DE JUAZEIRO BAHIA É UM EXEMPLO DE SUCESSO.

Começamos com 100% de recursos próprios de ajuda de Pastores, Igrejas e empresas só tínhamos da prefeitura a liberação das ruas fazíamos visitas em cada instituição cristã da cidade para convidar a comunidade e fazíamos divulgação nas ruas através de cartazes e panfletos sem artistas muito conhecidos.

Começamos e posteriormente tivemos a oportunidade de ter grandes nomes do louvor baiano em nossos eventos como irmão Lázaro, Julinho Cavalcante, e reunimos multidões em todas as edições, isso fez com que  a Câmara de Vereadores e a Prefeitura enxergassem esse evento não como um evento religioso e sim como um evento de entretenimento de todas as idades e de todas as religiões, pois o que se é demonstrado durante o percurso da Marcha é muito AMOR E PAZ entre todas as raças e formas de tolerância possíveis e fez com que A MARCHA PARA JESUS SE TORNASSE PARTE DA NOSSA HISTÓRIA, DO ANIVERSÁRIO DA CIDADE.

Deixo bem claro que nós fomos surpreendidos por essas conquistas nunca pedimos para que isso fosse feito, mas os resultados de SUCESSO foram chamando a atenção da classe legisladora e do executivo da nossa cidade e lembrando que desde 1994 quando foi realizada na nossa cidade a PRIMEIRA MARCHA PARA JESUS agora há pouco tempo é que estamos no calendário do aniversário da cidade como um evento público aberto (gratuito) para orarmos por nossa cidade e pelos nossos munícipes e hoje reunimos em torno de 20 mil pessoas nas nossas caminhadas com cantores internacionais do gênero gospel e participações dos artistas locais.

A MARCHA PARA JESUS É UMA CONQUISTA DE TODOS.

Comissão organizadora da Marcha para Jesus/Clama Juazeiro

Vale ressaltar que os críticos do evento estão interpretando equivocadamente a nossa Constituição e a definição de Estado Laico. Ser laico (NEUTRO com relação à religião) não quer dizer ser LAICISTA (CONTRÁRIO a qualquer religião).

O preâmbulo da nossa Constituição Federal declara... “promulgamos, SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.” E em seu artigo 19 declara:

“Artigo 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I- Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.”

A definição de “interesse público”, no direito, é muito vaga. Ora, temos mais de 40.000 Evangélicos em Juazeiro (IBGE 2010). Se considerarmos que alguns juristas doutrinadores definem interesse público como “manifestações sociológicas, expressas por determinados grupos, comum em uma democracia pluralista” (Gerhard Colm)... E outros consideram que o “interesse público deveria ser analisado em relação à sociedade, ao momento histórico e o conjunto de valores” (Ernest S. Griffith)...

Fica claro que essa fluidez conceitual nos permite perfeitamente entender a possibilidade de investimento num evento que representa mais de 20% da população da cidade como um investimento de “interesse público”, não ferindo, portanto, nem a laicidade do Estado, nem a Constituição Federal.

Pastor Edilson de Lira

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