Senadores cobram esclarecimentos a Bolsonaro e Otto Alencar atribui crises ao próprio governo

22 de May / 2019 às 14h00 | Política

Senadores fizeram nesta terça-feira (21) duras críticas à maneira como o governo do presidente Jair Bolsonaro se relaciona com o Congresso. Além de apontar a falta de articulação, eles cobraram esclarecimentos sobre um texto compartilhado pelo presidente, segundo o qual o Brasil é “ingovernável fora de conchavos políticos”. Para os senadores, o presidente precisa apontar nomes em vez de jogar uma suspeita sobre todo o Congresso Nacional.

A discussão sobre o tema durante a ordem do dia começou quando o senador Omar Aziz (PSD-AM) manifestou a intenção de enviar um requerimento aos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, General Santos Cruz, para que esclarecessem as acusações. O senador se queixou de ataques sofridos nos meios de comunicação por aliados do presidente, que não aceitam críticas. Para ele, Bolsonaro precisa falar.

Na última segunda-feira (20), o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) já havia que apresentado à Mesa do Senado um requerimento de esclarecimentos ao ministro chefe da Casa Civil sobre o mesmo texto compartilhado por Bolsonaro.

Vários parlamentares se manifestaram em apoio a Omar Aziz. Além de apoiar o discurso do colega, o senador Otto Alencar (PSD-BA) respondeu ao líder do governo, senador Fernando Coelho Bezerra Coelho (MDB-PE), que negara a convocação do presidente da República para manifestações contra o Congresso. 

Otto afirmou que a Casa precisa cobrar um posicionamento do governo e fez uma lista de 14 declarações feitas e depois desmentidas por Bolsonaro. Ele disse que a culpa das principais crises ocorridas neste ano é do próprio governo: "Ninguém aqui é culpado pela exoneração do ex-ministro da Educação, Ricardo Vélez; pela crise de Bebianno [ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência]; pelos problemas entre Olavo de Carvalho e o Exército. A tormenta que tem acontecido no Palácio do Planalto é gestada no próprio Palácio do Planalto ou por seus assessores", afirmou.

Com informações e foto da Agencia senado

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