Mais usinas podem ser reabertas pelo modelo apoiado por FBC, diz ministra no NE

16 de Apr / 2019 às 13h30 | Variadas

Nesta segunda-feira (15), na sua primeira visita a Pernambuco desde que se tornou a ministra da Agricultura, a deputada federal Teresa Cristina se reuniu com entidades agropecuárias no Sindicato Rural de Petrolina. Na ocasião, lembrou da necessidade de mais políticas públicas de incentivo ao cooperativismo rural, como a da reabertura de usinas sucroenergéticas no estado entre 2014 e 2015, que tem gerado renda e emprego até hoje. 

A ministra falava das usinas Pumaty (em Joaquim Nabuco) e Cruangi (Timbaúba), reativadas a partir da iniciativa do senador Fernando Bezerra Coelho (FBC) quando era secretário de Desenvolvimento Econômico na gestão do governador Eduardo Campos. Apoiou entidades canavieiras que formaram cooperativas e têm gerado 8 mil empregos e faturado cerca de R$ 300 milhões por safra. E, na gestão do governador Paulo Câmara, foi implantado um crédito presumido especial para o etanol produzido por estas cooperativas. A gestora lembrou que a partir deste modelo, desde que haja tais políticas e produtores interessados, é possível reabrir mais usinas. Ela citou umas sete em Alagoas, estado onde visitou antes de PE. 

"Agradecemos ao senador FBC e aos governadores Eduardo Campos e Paulo Câmara que acreditaram em nós quando ninguém achava que era possível reativar uma usina. Nos chamavam de doidos. Reativamos duas. E elas tem gerado progresso e renda em Pernambuco", disse Alexandre Andrade Lima, presidente da cooperativa Coaf/Crunagi, presente em Petrolina. A ministra disse que precisa de mais doidos como Alexandre e Gerson Carneiro Leão, diretor da cooperativa Agrocan/Pumaty. 

Além de Lima, Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-PE, também fez parte da comitiva ministerial em Petrolina e Juazeiro/BA.Eles foram convidados por Pio Guerra, presidente da Federação da Agricultura do Estado de PE. A ministra ainda esteve acompanhada do deputado federal Fernando Filho e ex-ministro de Minas e Energia no governo Temer, sendo o criador do Programa Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). 

"Os efeitos das mudanças climáticas, por sua vez, têm avançado no clima da zona canavieira do Nordeste. Já foram seis secas seguidas na década. A produção tem sofrido. Apesar disso, ainda chove bem na região, mas em períodos concentrados e localizados. Um grande volume dessa água tem sito desperdiçada, seguindo para o mar. O investimento em pequenas barragens pode garantir", falaram Lima e Cunha para a ministra. Ela gostou da proposta. Garantiu que levará o pleito também para o Ministério de Integral Nacional para juntos realizarem os estudos para a viabilidade. 

A ministra também abordou sobre o novo zoneamento da cana no Brasil. Um novo zoneamento agrícola deve ser anunciado pelo ministério. Cunha aproveitou para defender políticas públicas para a inovação tecnológica das máquinas canavieiras adaptadas à topografia nordestina, com relevo acentuado. No geral, só atendem as áreas plantas. Ele também abordou sobre a necessidade da manutenção da isenção do INSS na exportação da produção sucroalcooleira, política que estimula a sua competitividade.

Por Bel Coutinho

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