Balotelli: Queria jogar pelo menos cinco minutos nos profissionais do Bahia, mas não tive essa oportunidade

01 de Mar / 2019 às 11h55 | Esporte

Jovem, simpático, tímido, o artilheiro Balotelli, de 22 anos, contou em detalhes, nesta quinta-feira (28), um dia após a brilhante atuação contra o Jacobina, quando marcou os dois gols do Cancão de Fogo, a sua história de vida e de busca por um lugar ao sol no mundo da bola.

Nascido e criado em Aracajú, onde reside a sua família, o jogador saiu de peneiras futebolística, passou por pequenos clubes em Sergipe, pelo São Francisco do Conde, até ser enxergado pelo Bahia, depois de participar do “Metropolitano”, em Salvador. “Fique na base do Bahia por um período e fui para o Japão onde permaneci por cerca de três anos, enfrentei dificuldades de adaptação e contusões que me impediram de alçar sonhos maiores”, explicou.

De volta ao Bahia, onde carrega as mágoas de não ter tido nenhuma chance de atuar e mostrar seu futebol, Balotelli recebeu propostas de vários clubes, incluindo o Sergipe, da sua terra natal, mas atendeu a um chamamento do treinador Aroldo Moreira, com quem já trabalhara nas divisões de base do Bahia e veio para Juazeiro: “Cara, Deus me colocou aqui, se não fosse ele as coisas não dariam certo, passei um ano complicado, no ano passado, pensei em desistir, parar de jogar bola, não dava mais pra mim por causa de contusões, pedi a ele que me desse mais uma oportunidade e acabou chegando essa oportunidade que eu agarrei com unhas e dentes”, relatou.

Bem à vontade, Balotelli disse que a primeira vez que viu a Juazeirense jogando foi no fatídico 7 x 1 na Fonte Nova, contra o Bahia e que chegou a pensar em desistir: “Eu estava com um amigo e ele disse: é esse time que você quer ir pra lá? Fiquei com muitas dúvidas, mas tinha amigos aqui, como Aroldo e Jacó, que estiveram comigo na base do Bahia, meus empresários me incentivaram e terminei vindo pra cá”, explicou.

Uma confissão de Balotelli: Mágoa por não ter tido seuquer uma oportunidade de jogar pelo profissional do Bahia, em que pese as boas referencias que teve na base: “No Bahia, desculpa pelo que eu vou falar aqui agora, mas, não era pra mim tá lá, me olhavam com outros olhos, fique ai, nunca me deram uma oportunidade, as pessoas da base, que estão lá falavam bem de mim, jogava bem, mas tinha jogador que já tava lá há muito tempo, falavam pra eu esperar, que chegasse minha vez, sempre joguei bem na base, quando um garoto chega no profissional pensa: vou jogar bem, dar o melhor de si...Fiquei um pouco magoado, queria sim, jogar pelo menos cinco minutos no Bahia e não tive essa oportunidade, agora é bola pra frente, Deus sabe o que faz e agora estou aqui jogando bem”, destacou.

Peça fundamental nas partidas decisivas que restam à Juazeirense no Campeonato Baiano, Balotelli quer dividir com todos as responsabilidades e as conquistas que possam vir: “O importante é o grupo continuar focado e unido para garantir as conquistas que a torcida espera”, finalizou. 

Da Redação Blog Geraldo José

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