Capoeira agora é Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco

04 de Nov / 2018 às 09h00 | Variadas

A lei que torna a capoeira Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado foi sancionada na tarde desta quarta (31) pelo governador Paulo Câmara, no Palácio do Campo das Princesas, no centro do Recife. A assinatura valoriza e reconhece a importância da manifestação cultural. O Projeto de Lei nº 1709 de 7 de dezembro de 2017 foi de autoria do deputado estadual Zé Maurício. O texto da lei foi publicado no Diário Oficial do Estado.

De acordo com Paulo Câmara, a sanção da lei é uma forma de fortalecer os laços da cultura e da educação e perpetuar a importância da manifestação cultural na vida dos pernambucanos.

“Vamos poder levar a capoeira para mais longe. Sabemos da importância da educação e da formação dos nossos jovens. A formação envolve atividades esportivas e culturais, e a capoeira representa isso. Vamos levar essa manifestação cultural para as nossas escolas e dar condições de nossos jovens conhecerem, se aprofundarem e se interessarem para que ela faça parte da vida deles. Queremos desenvolver atividades que tragam o bem e a capoeira faz exatamente isso”, destacou.

O deputado Zé Maurício destacou a importância do movimento cultural no Estado. “Sabemos que a capoeira tem uma forte incidência sobre a população pernambucana. Antigamente, a capoeira era marginalizada. Hoje, ela é reconhecida como um esporte tanto cultural como também musical. Em decorrência de todo esse processo, começamos a estudar para tornar a capoeira um bem imaterial cultural de Pernambuco. Em 2008, ela foi reconhecida pelo Iphan; em 2014, pela Unesco e, agora, com essa lei, ela será um bem imaterial de Pernambuco”, pontuou. 

 Para o contramestre de capoeira e pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Henrique Kohl, a valorização da capoeira chega para reconhecer a dimensão identitária do bem cultural em Pernambuco. “Essa lei vem para valorizar uma capoeira que chega a inúmeras esferas sociais, uma capoeira que estabelece relações horizontais, que tem dimensões educativa, inclusiva e cidadã muito fortes”. 

Iphan

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