Temer diz que não há risco de intervenção militar, que poderá ir ao STF contra greve e vai manter independência da Petrobras

29 de May / 2018 às 17h08 | Variadas

O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (29) que não há risco de intervenção militar em decorrência da paralisação de caminhoneiros, apesar de alguns manifestantes defenderem a intervenção para derrubar o governo.

Em entrevista a um grupo de jornalistas estrangeiros em um fórum de investimentos em São Paulo, Temer disse ainda que a redução do preço do óleo diesel anunciada pelo governo como parte das medidas para tentar acabar com a greve não irá reverter as reformas realizadas pela Petrobras para garantir a independência da estatal.

Temer também afirmou que o governo poderá ingressar com uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja declarada ilegal a greve convocada por petroleiros para quarta-feira (30). Mais cedo, no mesmo evento, o presidente já havia afirmado que quando não há diálogo, se exerce a autoridade.

"O diálogo é da própria essência da boa política e da democracia. É, aliás, a sua fortaleza. Aliás, quando alguns rejeitam o diálogo e tentam parar o Brasil, nós exercemos autoridade para preservar a ordem e os direitos da população. Mas, antes disso, um diálogo é fundamental, leve quanto tempo levar, porque isso é fundamental para o exercício do que a Constituição determina", afirmou Temer.

Caminhoneiros continuam fazendo protestos em rodovias do país nesta terça, o 9º dia da greve. Há atos em pelo menos 24 estados e no Distrito Federal. Enquanto parte dos representantes dos caminhoneiros disse aceitar a proposta e encerrar a grave, sindicatos e outras lideranças esperam mais garantias do governo.

Já o ministro do Gabinete de Segurança, Sérgio Etchegoyen, menosprezou, há pouco, em coletiva no Palácio do Planalto, protestos que têm pedido a volta dos militares ao poder. “O farol que uso é muito mais potente que retrovisor. Não vejo militar, forças armadas pensando nisso. Tenho dito – repito – vivo no século 21.

Para o ministro, intervenção é assunto do século passado.

Correio Braziliense

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