ESPAÇO DO LEITOR: JUAZEIRO ESBURACADA E A PREFEITURA CONTRATANDO!

01 de May / 2018 às 13h00 | Espaço do Leitor

Geraldo,

Inicialmente quero te parabenizar por este veículo de comunicação, representa a verdadeira voz do povo, a voz que não é ouvida.

Quero parabenizar também o Prefeito de Petrolina. Na noite da segunda-feira (30) saiu a notícia de que os salários dos servidores de Petrolina foram pagos! Ou seja, enquanto os servidores de Petrolina podem comemorar o dia do trabalhador, os de Juazeiro só têm a lamentar. Segundo se notícia, a exemplo dos meses anteriores, os salários dos servidores de Juazeiro só vão sair na segunda semana do mês, provavelmente no dia 09 de maio.

Mas qual a razão? Consultando o site do TCM BA, a PMJ tem 2.991 pessoas contratadas a um custo de R$ 4.895.587,33 e 815 comissionados a um custo de R$ 3.228.451,20. Isto totaliza 3.806 pessoas a um custo de R$ 8.124.038,50 (mais de oito milhões de reais).

Neste cálculo não foram somados os comissionados e temporários da CSTT e SAAE, por exemplo, senão a conta é maior). Este número excede ao quantitativo de efetivo. Estudando para o concurso, aprendi que a contratação é temporária e excepcional. Não entendo o porquê de não chamar os aprovados no concurso quando há tantos temporários; e onde está o temporário, porque segundo ouço tem pessoas lá desde o primeiro governo de Isaac e o excepcional, se não estamos passando por seca, inundação. Pelo que percebi, o excepcional na PMJ já dura mais de 9 anos, porque desde aquela época é grande a quantidade de contratados.

Enquanto isso, não temos São João, nosso carnaval foi privatizado, as nossas ruas estão esburacadas; a cidade está suja; o mercado produtor está tomado pelo lixo, o IPTU aumentou; nossas praças estão abandonadas; não existe nenhuma grande obra (nem mesmo um projeto para recuperar a orla nova). E nem mesmo os salários dos servidores são pagos em dia.

A verdade, é que estes empregos são para eleger o deputado federal, enquanto os demais servidores e demais munícipes vivem no buraco e na sujeira.

Rafael Moreira

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