SERVIDORES ESTADUAIS DO MEIO AMBIENTE CRUZAM OS BRAÇOS

26 de Mar / 2018 às 08h29 | Variadas

Em nota enviada ao Blog os servidores de meio ambiente representados pela Associação dos Servidores de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (ASCRA), em assembleia realizada no 23/03 deliberaram por interromper as atividades externas e de campo enquanto condições mínimas de segurança e de trabalho que há anos vem sendo exigidas não forem atendidas. Cansados de arriscar nossas vidas e nossa saúde em defesa do meio ambiente sem ter nossos direitos resguardados pela administração pública, vimos a público divulgar nossa decisão e explicar à sociedade nossas motivações. 

"Nas nossas atividades, nos expomos a riscos de vida e situações insalubres de distinta natureza: manipulamos explosivos apreendidos, animais silvestres, entramos em contato com resíduos perigosos, produtos e vapores químicos, água contaminada, realizamos combate a incêndio, sofremos ameaças com arma de fogo em operações de fiscalização, sofremos acidentes de carro, inclusive fatais, entre muitos outros. Além de todos esses riscos, as diárias que recebemos estão defasadas em 48% e há muito tempo já não são suficientes para custear nossas despesas mínimas em viagem, o que tem nos levado a situações vexaminosas. Por isso, há anos cobramos da administração pública: seguro de vida; pagamento da indenização por insalubridade/periculosidade e equiparação e reajuste das diárias.

Aproveitamos para expor que estamos há 3 anos sem receber sequer a correção da inflação, acumulando perdas de 21,8% ao longo da gestão Rui Costa, e que nosso auxílio alimentação de 9 reais é vergonhoso! Informamos à sociedade que, por hora, continuaremos realizando nossas atividades de escritório, e que manteremos o plantão de emergência. Estamos cientes de que nossa atitude prejudica o desempenho da fiscalização, do licenciamento ambiental, e da proteção da nossa biodiversidade, recursos hídricos e unidades de conservação, mas não podemos mais arriscar nossas vidas e nossa saúde, e por isso esperamos que o governo apresente com urgência propostas concretas para a pauta apresentada ao INEMA (antigo CRA), SEMA, SAEB e SERIN" diz a nota.

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