Em novo partido, Bolsonaro projeta criar a bancada da bala e metralhadora e diz que todo mundo tem um amigo gay

Ao se filiar ao nanico PSL, o deputado e pré-candidato ao Planalto Jair Bolsonaro (RJ) disse que vai se empenhar em eleger o maior número de parlamentares para endurecer leis penais, evitar o desarmamento e garantir maioria no Legislativo. Ele disse ainda a uma plateia de militantes que lotou um auditório da Câmara que tentará levar um maior número de policiais e integrantes das Forças Armadas para o Congresso. "A bancada da bala, chamada assim de forma jocosa, vai se transformar na bancada da metralhadora." 

Bolsonaro ainda afirmou que, caso eleito, deverá nomear para seu ministério o general Augusto Heleno Ribeiro (Defesa), o ex-astronauta Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e o economista Paulo Guedes (Fazenda). Ele também disse que pretende fundir as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente. "O ministro de Ciência e Tecnologia hoje não sabe diferenciar gravidez de gravidade", afirmou numa crítica ao ministro Gilberto Kassab. "Eu não sou bom, mas os outros são muito ruins", disse.

Cerca de 15 deputados e um senador, Magno Malta (PR-ES), chamado de "vice" pelos militantes, compareceram a um auditório da Câmara para a filiação de Bolsonaro ao partido presidido pelo deputado Luciano Bivar (PE). Em seu discurso, o pré-candidato focou os ataques nas demandas LGBT, à esquerda e ao governo Michel Temer. "As malas dos porões do Jaburu, digo isso no duplo sentido, não podem continuar imperando no Brasil."

Ele reagiu à entrada de concorrentes diretos e do governo Michel Temer no debate da segurança pública, sua principal bandeira. Ele chegou a chamar o atual o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, de "comunista" e "desarmamentista".

Para quem esperava que Bolsonaro fizesse um discurso mais light, voltado à classe média, o pré-candidato se preocupou em enfatizar suas principais bandeiras. Inclusive a defesa da quebra do monopólio na indústria de armas no País. "A violência se combate com energia ou mais violência", afirmou. Na questão de gênero, ele disse que "todo mundo tem um amigo gay", mas criticou supostos incentivos nas escolas à mudanças de sexo.