Programa Cisternas com prêmio internacional sofre cortes para 2018, acusam famílias de agricultores

O Programa Cisternas, uma política pública de acesso à água que possibilita às famílias rurais do Semiárido brasileiro viver na região, foi considerada a segunda iniciativa mais importante do mundo no combate à desertificação. O reconhecimento veio do Prêmio Política para o Futuro 2017, mas apesar do prêmio recebido durante a 13º Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas, em Ordos, na China, o blog do Geraldo José, ouviu dos agricultores que o programa vem sofrendo cortes no orçamento público e não há nenhuma perspectiva de novos contratos. 

O programa de Segurança Alimentar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a implantação de cisternas no semi-árido, teve seu orçamento reduzido em 85%. Significa sua desativação num momento crucial, em que dados indicam que a fome volta a rondar o Brasil. Os recursos para a reforma agrária, que já não eram muito, também encolheram: menos 44%. Também encolheram os recursos destinados ao fortalecimento da Agricultura Familiar, 37% de redução.

A coordenadora da ASA pelo estado do Ceará, Cristina Nascimento, que representa a Articulação no Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável avalia que o momento é de reafirmar a luta por direitos. "Em 2017 não tivemos nenhuma perspectiva de novos contratos assinados, então essa ação tende a diminuir. Só que a gente tem que entender que não é só a ação de convivência, são todas aquelas ações que estão direcionadas para as camadas populares, então é a retirada da pobreza do orçamento", finalizou Cristina.

Ascom-Asa Ceará