Professores, pais e alunos do Colégio Modelo se unem e cobram o pagamento dos salários atrasados dos terceirizados

Nesta sexta-feira (06), alunos, professores e pais do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães irão entregar um ofício a diretora recém empossada do Núcleo Regional de Educação-10 (Antiga Direc-15), Marinez Silva, solicitando o pagamento dos salários dos funcionários terceirizados. Em entrevista ao programa Geraldo José desta quinta-feira (05), a professora Josenilda Barbosa, popular professora Joca, explicou aos ouvintes a real situação em que se encontra o corpo escolar frente a falta de pagamentos dos funcionários terceirizados que são responsáveis pelos serviços gerais na unidade de ensino.

“A direção, professores estão cotizando e pagando o pessoal para fazer a limpeza. Essas pessoas chegam às cinco da manhã, fazem a limpeza e a escola fica o dia todo tentando se manter limpa. Não temos merenda e as aulas estão reduzidas. A partir do dia 19-04 as escolas paralisaram porque os terceirizados não estavam recebendo salário”, disse. 

A professora pediu ao NRE-10 que atenda as solicitações dos alunos e professores para evitar que uma greve geral seja deflagrada. “Foi feito um documento para ser entregue a Marinez Silva, diretora do NRE-10. Nós não queremos tão somente que os funcionários sejam reintegrados, mas que sejam respeitados os seus direitos para que a escola tenha seu funcionamento.  A segunda medida será nossa ida ao Ministério Público para que as aulas não parem. Será um prejuízo enorme. Precisa que a escola seja respeitada, o aluno, a educação”, declarou.

O estudante e membro do Grêmio Estudantil do Colégio Modelo, Ícaro Reis, também participou da entrevista. O jovem lamentou a situação crítica em que se encontram os profissionais terceirizados e cobrou um posicionamento da Secretaria de Educação do Estado quanto a realização do pagamento dos salários. “Nós nos posicionamos diante de tudo isso que está acontecendo. É um problema que nos deixa muito tristes. São pessoas que tem família. Trabalhar sem remuneração é trabalho escravo. A situação é triste e cada vez mais procuramos divulgar para que o governo tome as providências e a escola volte a funcionar normalmente”, afirmou.

Da redação Alinne Torres/ Fotos Geraldo José