A Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ) e a Associação Brasileira de Cavalos Quarto de Milha (ABQM) afirmaram que a iniciativa do Ministério Público do Estado da Bahia de firmar um acordo para ampliar a proteção dos animais utilizados na ‘Vaquejada de Serrinha’ deve servir de exemplo para as competições de vaquejadas em todo o estado da Bahia e no país. A declaração foi feita à promotora de Justiça Letícia Baird, autora do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a Empresa Parque de Vaquejada Maria do Carmo Ltda., pelo diretor jurídico da ABVAQ, Leonardo Dias de Almeida, e pelo conselheiro da ABQM, Marcelo Barreto de Araújo Sarmento. Eles participaram do evento, realizado no último final de semana na cidade, e solicitaram uma reunião com a promotora.
Segundo os representantes das associações, o TAC firmado pelo MPBA contém cláusulas que atendem ao anseio da ABVAQ e ABQM de fixarem regras para a realização de vaquejadas em todo o país, alinhando a cultura da vaquejada ao bem-estar do animal, e reflete o teor de alguns regulamentos de competições e concursos promovidos pelas entidades. Mas, destacaram eles, as regras muitas vezes não são adotadas porque não possuem teor coercitivo, porque os eventos pequenos não possuem estrutura adequada e por causa da necessidade de mudança gradual de cultura dos vaqueiros.
Para a promotora de Justiça Letícia Baird, a iniciativa das associações ligadas a circuitos nacionais de vaquejada e criadores de cavalos de raça em procurar o Ministério Público, buscando maior atuação da instituição nessa área, demonstra “que existe a necessidade de melhor fiscalização no trato e manejo dos animais utilizados nas práticas de vaquejada”. Ela informou, ainda, que o compromisso de ajustamento de conduta visou apresentar garantias mínimas para a integridade dos animais, mas não encerra a investigação acerca da ocorrência, ou não, de maus-tratos aos animais. Durante o evento, ela e os promotores de Justiça Millen Castro Medeiros de Moura, Gilber Oliveira e Núbia Rolim fizeram diligências no Parque de Vaquejada, onde estavam acontecendo as competições.
8 comentários
13 de Sep / 2014 às 17h43
Devia existir uma lei proibindo essa covardia, só os covardes maltratam os animais.
13 de Sep / 2014 às 18h49
Essa PERVERSÃO está com os dias contados, com certeza!
14 de Sep / 2014 às 10h19
Por onde andam os Órgãos de Defesa Animal? Num País sério os promotores e até os participantes de um evento desses vão para a cadeia. A própria Espanha que tem tradição secular nessa barbarie está abrindo mão das touradas, enquanto o público se multiplica dia a dia. Que VERGONHA, Brasil!
14 de Sep / 2014 às 10h19
Por onde andam os Órgãos de Defesa Animal? Num País sério os promotores e até os participantes de um evento desses vão para a cadeia. A própria Espanha que tem tradição secular nessa barbarie está abrindo mão das touradas, enquanto o público se multiplica dia a dia. Que VERGONHA, Brasil!
14 de Sep / 2014 às 10h21
Cadê a Polícia Federal? Será que a lei que reza punição por maus tratos a animais só funciona nas rinhas de galo?
14 de Sep / 2014 às 10h27
Se se procura um verdadeiro vaqueiro - ainda com a profissão legalizada - para trabalhar num sítio ou numa fazenda, não encontra. Mas, se acontece uma missa ou uma vaquejada lá estão eles fantasiados de chapéu de couro e gibão que eles trocaram por um capacete e por um blusão sobre uma moto substituta do cavalo... Trabalhar ninguém quer!...
15 de Sep / 2014 às 07h26
tem é que acabar com essa m... cruel e desnecessária. Até pq deixou de ser coisa de vaqueiro no sertão (ligado a prática do dia a dia dele, nas veredas da caatinga) pra virar espetáculo pra uma falsa elite e pra 'vaqueiro de área irrigada' movido a uisque e bravata. Chega!
15 de Sep / 2014 às 07h29
E é como a Isis falou ai em cima...agora é modinha, principalmente entre quem acha que por ter algum dinheiro é alguma coisa, fazer cosplei de vaqueiro, dizer que é sertanejo sem nem a saber a diferença de um gibão pra um guarda-peito.