A história política nacional volta a ser atingida no seu âmago pela tragédia, com a morte prematura de um dos seus expoentes mais promissores de quantos tem se revelado nos últimos tempos, o ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos. Ao lado de Aécio Neves, ambos Economistas, representavam o surgimento no cenário político nacional de dois novos jovens políticos com carisma, inteligência, experiência administrativa e perfil genético de grande magnetismo para a disputa que ora se iniciava. Duas heranças genealógicas de peso, como netos de lideranças políticas que tiveram papel significativo no processo de redemocratização durante o período militar: TANCREDO NEVES e MIGUEL ARRAES. Com inteligência, Aécio Neves e Eduardo Campos souberam conquistar os seus espaços políticos e administrar com competência a biografia que os acompanhava, pavimentando uma trajetória de conquistas de vários mandatos de Deputado Federal – o Aécio também no Senado Federal – além de duas vezes Governadores dos seus respectivos Estados de Minas Gerais e Pernambuco, com índices inusitados e raros de aprovação popular acima de 80%. Talvez a História do Brasil não registre outro momento tão especial e representativo como o vivido até a semana passada, em que dois jovens detentores de DNA de elevado padrão, legítimos puros-sangues oriundos de escolas de respeitável formação política e administrativa, caminhavam na direção do sonho maior de alcançar a Presidência da República do Brasil, o que significava a volta das qualidades pessoais exigidas para a envergadura do cargo!
O fato de que o Eduardo Campos era o terceiro nas pesquisas, até então nada significava de negativo porque agora é que a refrega iria começar para valer e assim a gangorra ainda iria balançar com bastantes possibilidades de alterações de rumo. Infelizmente, a fatalidade tirou do eleitor uma das grandes opções para a sua importante decisão e a nação se vê agora mergulhada em grande turbulência política, correndo o perigoso risco de que a racionalidade e o equilibro da escolha para o mais importante cargo da Nação sejam atropelados pela carga da emoção compensatória. Sim, porque mesmo numa decisão dessa magnitude para o país o voto pode ser afetado pela influência dos sentimentos da dor, da saudade, da solidariedade e das emoções, fatores bastante compreensivos; contudo, a escolha do maior mandatário do país exige muito mais responsabilidade diante dos seus efeitos irreversíveis por quatro anos.
É preciso ter a consciência da importância de que se revestem as eleições de 2014, pela oportunidade ímpar que terá o eleitor de manifestar a sua opção de escolha num amplo universo de cargos e nomes. Essa será a hora em que todas as suas decepções, desencantos e frustrações estarão colocadas diante de muitas análises e reflexões, pois em suas mãos estará o compromisso com a mudança de rumos da Nação ou do Estado, ou mesmo a manutenção do modelo político e de gestão ora vigente. Essa será a hora de dar um basta ao mercantilismo que se faz com o voto e ao populismo inconsequente que humilha a população mais carente.
As aves de rapina certamente irão esquecer muito rapidamente do político Eduardo Campos, mas a sua imagem simpática e sonhadora ainda será explorada por algum tempo, principalmente enquanto durar a disputa eleitoral. A propósito do que digo, o seu Partido PSB já barrou na Justiça a utilização de sua imagem e falas pelos demais partidos concorrentes da chapa, providência que considero inteiramente justa.
Um detalhe recomenda que se chame a atenção dos leitores neste histórico momento. Nas eleições de 2014 não pense nos interesses das agremiações político-partidárias – chega de corporativismo de partidos! -, mas dentre os candidatos que se apresentam valorize, principalmente, o nome que represente o melhor perfil de honradez, integridade, moralidade, honestidade, dignidade, ética e experiência administrativa (ufa!... quantas qualidades!). O brasileiro merece ser privilegiado com a glória de ver o Brasil reconquistando a alegria de ter o respeito internacional entre as Nações ao invés de ser anarquizado, a exemplo da deplorável pecha atribuída recentemente por Israel ao nosso país, como “anão diplomático!”.
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Vitória-ES.
12 comentários
24 de Aug / 2014 às 23h07
GRANDE AGENOR, Nesse final de semana inicio de mais uma edição da bienal do livro em SP, estamos vendo que seus Artigos só aqui no blog já se vão em 120... Como eles tem em média 650 palavras, só esses aqui publicados já dá um belo livro... E aí que tal o lançamento aqui em Juazeiro? “Essa será a hora de dar um basta ao mercantilismo que se faz com o voto e ao populismo inconsequente que humilha a população mais carente.” Entre aspas a frase que sintetiza e resume mais um belo texto, conclamando a sociedade para um momento de decisão a seu favor...!!!
24 de Aug / 2014 às 23h24
Realmente é para refletir!!! Obrigado, irmão Agenor; espero que esteja sempre motivado a nos orientar e alertar com suas obras maravilhosas.(Salvador-BA).
24 de Aug / 2014 às 23h28
Eita cabra dos meus! Falou e disse só a verdade verdadeira. Abraços, BEZERRA. (Salvador-BA)
24 de Aug / 2014 às 23h47
Agenor, mais uma vez você nos premia com este inteligente e belíssimo texto que retrata o real cenário político em que se encontra a nossa nação. É preciso termos cuidado com este ato tão importante e democrático que é o voto popular, o momento da mudança chegou para o Brasil, sendo assim, será necessário cautela e inteligência na escolha do nosso futuro chefe de estado. Chegou a hora de tirar o poder das mãos daqueles que decepcionaram o povo com tanta corrupção, não devemos nunca esquecer de que: O PODER ESTÁ NAS MÃOS DO POVO. Parabéns! (Salvador-BA).
24 de Aug / 2014 às 23h53
Vamos procurar nos candidatos que aí estão essas qualidades citadas,se não na sua totalidade, pelo menos uma parte delas. Espero que encontremos!!! (Salvador-BA).
25 de Aug / 2014 às 08h22
Agenor, você apontou de forma correta as agremiações político -partidárias como corporativas, e isto revela o que todos sabemos : o denominado aparelhamento da máquina pública brasileira pelos partidos políticos. De forma geral, uns mais , outros menos. O que revela a falta de um líder verdadeiro, que se preocupe realmente com o povo e não com o partido que pertence. Por isto, quando seu texto aponta as virtudes que devemos procurar em um candidato, destacou exatamente isto: o líder que procuramos. A escolha é nossa. Foz do Iguaçu-PR.
25 de Aug / 2014 às 09h33
Depois que morre todos viram santo Eduardo Campos foi o governador que elevou a taxa tributária de Pernambuco,criou taxa de bombeiros para a população pagar,paga o pior salario do Brasil aos professores e ainda foi envolvido nos escândalo dos precatórios no inicio de sua tragetória politica é ou não um SANTO?
25 de Aug / 2014 às 10h24
Eu achei esse texto muito tendencioso, pendente para uma candidatura A ou B. Temos de ter cuidado com as mudanças radicais, com o voto de revolta. Precisamos analisar com cautela para que essa mudança não traga frustração; apareça como consequência o típico cenário do efeito Tiririca, elegendo pessoas despreparadas, muitas vezes radicais, neoliberais ou adeptas do conservadorismo.
25 de Aug / 2014 às 10h25
Eu achei esse texto muito tendencioso, pendente para uma candidatura A ou B. Temos de ter cuidado com as mudanças radicais, com o voto de revolta. Precisamos analisar com cautela para que essa mudança não traga frustração; apareça como consequência o típico cenário do efeito Tiririca, elegendo pessoas despreparadas, muitas vezes radicais, neoliberais ou adeptas do conservadorismo.
25 de Aug / 2014 às 10h42
Parabéns ao autor, é exatamente dessas informações que o eleitor precisa nesse momento turbulento. Com a morte prematura do candidato Eduardo Campos, a trajetória a disputa pela presidência muda radicalmente. Muitos brasileiros se emocionaram com esta triste situação. E é a partir de agora que temos que ser mais rigorosas em relação aos nossos critérios.
25 de Aug / 2014 às 12h18
QUERO EXPLICAÇAO SOBRE O AVIAO. CAIXA DOIS. QUEM É O DONO.
25 de Aug / 2014 às 13h48
Eduardo Campos foi um grande homem público,um exemplo,e ficará na memoria dos BRASILEIROS que pensam, que sonham com um brasil novo, humano, justo. O FILHO DA ESPERANÇA, NÃO VAMOS DESISTIR DO BRASIL..........................