O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito o novo presidente do Senado por 56 votos, na tarde desta sexta-feira, 1º. O candidato Pedro Taques (PDT-MT) recebeu 18 votos. Dois senadores votaram em branco e dois anularam. A votação foi secreta. A vitória de Renan já era esperada. O senador integra o partido de maior bancada na Casa e contava com apoio do PT. Em seu discurso, antes da votação, o peemedebista não fez menções às denúncias apresentadas contra ele. Durante os 20 minutos de fala, o senador apresentou propostas de ações e prometeu criar a Secretaria da Transparência, que seria responsável por atender pedidos feitos com base na Lei de Acesso à Informação. "Alguns aqui falaram sobre ética e seria até injusto com esse Senado, que aprovou celeremente a Lei da Ficha Limpa, demonstrando que esse é compromisso de todos nós", disse.
O candidato Pedro Taques disse que subia à tribuna do Plenário da Casa com a certeza de que será derrotado na eleição para a Presidência do Senado. "Sei que a nossa derrota é certeira, transparente, inevitável, aritmética", afirmou. No discurso, ele citou figuras históricas, como Tiradentes, para afirmar o orgulho que sente por sua "corajosa" candidatura. Taques questionou também a candidatura de Renan. "Existem voltas esperadas. (...) Mas existem voltas que criam receios. Receios de continuísmo, de letargia, de erros. Sou o anti-candidato, aquele que perderá. (...) Eu não temo o próprio passado e, portanto, não temo pelo meu futuro", afirmou.
Base e oposição. Durante a sessão, outros senadores discursaram em plenário antes do início da votação. Os aliados defenderam o critério da proporcionalidade, tradição da Casa, segundo a qual o partido com maior número de parlamentares indicam o nome que vai ocupar a cadeira de presidente. Já os oposicionistas lembraram os processos em curso contra Renan. "O PMDB exerce seu legítimo direito de escolha [de indicar o candidato à presidência]. Nosso partido fez a escolha correta. O PMDB não está usurpando o direito de ninguém", afirmou Lobão Filho (PMDB-MA). Do mesmo partido, mas contrário à candidatura de Renan, Simon Pedro sugeriu que o senador retirasse sua candidatura. "Eu não tenho intimidade com ele, mas se tivesse eu diria: 'Não te mete nessa, Renan'. É importante deixar o Senado tranquilo."
Com informações da Agência Estado Foto: Agência Senado
11 comentários
01 de Feb / 2013 às 16h03
Democracia é isso aí. A gente respeita certos resultados, mas, às vezes, não concorda. Por que não foi o Luis Henrique, o Eunice Oliveira, o Jarbas Vasconselo, o Pedro Simon, o Eduardo Braga, o Roberto Requião ou outro senador do PMDB? Meu Deus do céu! Tenha piedade de nós. Na boiada passam bois, passam todos irmãnados, não me chame boiadeiro, porque, boiadeiro eu não, eu sou um simples vaqueiro, boiadeiro é o meu patrão, de Alagoas ao Maranhão. Valeu o boi! É Caprichoso e Garantido, na festa de Parintins.
01 de Feb / 2013 às 16h40
A corrupção venceu. E o pior, com o aval daquele que um dia pregou o respeito e a ética, o PT.
01 de Feb / 2013 às 19h12
Num País democrático cujo sistema surgiu muito bem antes da ignorancia da nação ser erradicada, vemos de tudo um bocado e o aplaudimos por mais que o fato seja extremamente ridículo e imoral! Parabenizemos de pé, e pela 2a. vez a mais um Senhor das Alagoas!...
01 de Feb / 2013 às 20h36
Por que venceu? Foi Secreta. Duvidava ter ganho se fosse aberta. O POLITICO tem medo do POVO, por isso não se faz nada neste CONGRESSO com transparência QUANDO A BOMBA ESTOURA FICAM COMO JOGO E BASQUETE OU PING PONG. Pergunte a cada um dos Senadores em quem você votou? uns dirão: no Henrique os que votaram em Renan dirão: não me lembro ou não sei. Este é o BRASIL. Gostaria muito que tivéssemos na Itália pois estes POLITICOS estariam em outro lugar. um dia chegaremos lá.
02 de Feb / 2013 às 08h13
Em meio a mais essa vergonha que dia-dia faz a cara do meu Brasil, j'apelle mes frères à faire um plus grand usage de notre inteligence, ou être dévoré par nos politiciens.
02 de Feb / 2013 às 14h40
Gostei, minha cara Marie Jolin, do comentário de vossemecê, messi bocú, pelas suas palavras, falou bonito e disse tudo, sobre os políticos brasileiros, entretanto, não entendi nada, muito menos eles vão querer entender, prefiro o linguajar do Nordeste Brasileiro do século XVII, ainda presente entre nós, principalmente, nos povoados da zona rural. O Latim era uma senhora muito direita que teve cinco filhas, que não seguiram o idioma do princípio da mãe, se prostituíndo, tomando outro rumo e outra direção, o Português, o Francês, o Espanhol, o Italiano e o Romênio, essas ramificações são frutos originados da mesma árvore.
03 de Feb / 2013 às 10h12
Bon jour, Messeur Guarabira! Conclamo aos meus irmãos a fazerem uso de nossa inteligencia maior ou seremos devorados por nossos políticos, foi o que postei. Minhas desculpas!...
03 de Feb / 2013 às 10h25
Ah! ... Esquecí de lembrar que não inclúo no que conclamo o brasileiro-francês Sr. Lêdo Ivo nem outros sem a devida percepção política brasileira...
03 de Feb / 2013 às 13h49
Cara Marie Jolin: longe de mim estar qualquer crítica ao seu comentário, sobre os nossos Representantes no Congresso Nacional Brasileiro, em suma, incluído todo o Território Nacional. Muito pelo contrário, comentário oportuno, lúcido, pertinente e inteligente. Agradeço também, a V.S., pelo tratamento generoso em francês a minha singela pessoa, não merecia tanto. O padre Antonio Vieira mesmo vivendo naquela época, estava bem atualizado em relação aos nossos dias, quando fez o Sermão dos Peixes. "Os peixes maiores devoram os pequenos; e os muito grandes não só os devoram um por um, senão os cardumes inteiros; e isto continuadamente sem diferença de tempos, não só de dia, senão também de noite, às claras e às escuras, como também fazem os homens". Seria mais justo que o peixe grande fosse devorado pelo peixe pequeno, bastaria um grande, para muitos pequenos, entretanto, acontece ao contrário. Vale para todos nós, incluídos os Sagrados Templos, com os Magnificos Pastores obrando milagres.
03 de Feb / 2013 às 19h49
Cara Marrie Jolin, só para lembrar a V.S.,: São atribuídas ao imortal poeta Lêdo Ivo, recentemente falecido, as seguintes sentenças: " O grande escritor não precisa ser nem muito inteligente nem muito culto. A inteligência e a cultura são contudo indispensáveis nos escritores menores. Nem sempre os grandes escritores são bons escritores. A poesia é uma criação da Cultura, mas esta deve permanecer invisível no poema. A pessoa deve sempre usar máscara, porque se tirar ninguém vai lhe reconhecer". Só faltou mesmo o poeta Lêdo Ivo dizer que o errado é que tá certo, cometa primeiro o pecado, para receber o perdão por derradeiro. Alem de conterrâneo de Graciliano Ramos, Lêdo Ivo era um grande conhecedor da obra literária desse grande escritor alagoano. Tomara que as suas notáveis frases não sirvam de inspirações para os nossos políticos, já basta O Príncipe de Nicolau Maquiavel.
04 de Feb / 2013 às 20h06
Sr. Guarabira, acho que la belle Marie Jolin se referiu ao mortal L,I, de Juazeiro...