Maioria é contra regulação de redes sociais, mas com pouca diferença para os que são a favor; veja pesquisa sobre o tema

Mais brasileiros se mostraram contrários à regulação das redes sociais pelo governo federal do que pessoas que disseram ser favoráveis, mas com a imposição de limites. A diferença entre esses dois grupos, entretanto, se mostrou pequena, praticamente dentro da margem de erro.

Esse foi um dos resultados apresentados pela 164ª Pesquisa CNT/MDA de Opinião, divulgada nesta terça-feira (17) pela Confederação Nacional do Transporte.

A CNT/MDA perguntou aos seus entrevistados se achavam que o governo deveria ter algum tipo de controle ou se atuaria para regular as redes
sociais. 

Para 40,4% dos entrevistados, o governo não deveria regular as redes, porque isso seria censura. Outros 38,6% afirmaram que deve haver algum tipo de regulação, com limites. Somente 13,8% disseram ser a favor de uma regulação completa das redes sociais. 

Em relação ao questionamento sobre quem deveria ser o responsável por definir o que pode ou não ser publicado, 36,6% dos entrevistados defendem que as próprias plataformas, como Meta, Google, X, devem regular o conteúdo. Outros 31,2% dizem que são os usuários que deveriam regular as postagens, 29,9% defendem que a Justiça faça a regulação, e 10,8% afirmam que um órgão independente precisaria ser criado para fazer essa função. 

A CNT/MDA também perguntou aos entrevistados quem deveria ser punido no caso de uma postagem considerada criminosa. Para 44,9%, o autor da postagem e a plataforma que a exibiu seriam os punidos. 

Outros 37,4% acham que apenas quem postou deveria ser punido, enquanto 5,7% defendem que apenas a plataforma receba punição. E ainda existem 5,4% que dizem que nem o usuário, nem a plataforma deveriam ser punidas por postagens criminosas. 

Uma outra questão levantada pela CNT/MDA junto aos entrevistados diz respeito aos problemas que levariam à necessidade da regulação das redes sociais. Nesse recorte da pesquisa, os entrevistados podiam escolher duas opções entre as que foram apresentadas. 

Entre os entrevistados, 49,5% afirmaram que as fake news e a desinformação seriam os principais motivos para uma eventual regulação das redes. Outros 45,4% também citaram os crimes virtuais (como ameaças, assédio etc), e 21,7% mencionaram os discursos de ódio. 

Ainda foi citado pelos entrevistados como problema que justifica a regulação a influência indevida nas eleições (11%). Para 16%, entretanto, nenhum problema justifica a regulação. Esse grupo de entrevistados afirma que a liberdade nas redes sociais deve ser total.

A pesquisa CNT/MDA buscou também saber quais redes seriam as mais usadas pelos brasileiros (os entrevistados podiam citar até cinco delas). Veja abaixo os resultados:

WhatsApp - 60,7%
Instagram - 56,9%
Facebook - 33,6%
TikTok - 12,9%
Youtube - 11,3%
X (antigo Twitter) - 2,9%
Não utilizo redes sociais - 12,2%
Outros - 1,3%

A pesquisa CNT/MDA foi realizada de 7 a 11.jun.2025, com 2.002 entrevistas em 475 municípios de todas as regiões do país. O nível de confiança é de 95%. A margem de erro é de 2,2%.

Bahia Notícias