Polícia Federal prende ex-ministro Gilson Machado no Recife. Defesa de Mauro Cid nega que tenente também teria sido preso

O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, foi preso nesta sexta-feira (13) em Recife (PE). Na última terça-feira (10), a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação para investigar o ex-ministro. No documento, a PGR também defendeu a determinação de busca e apreensão e quebra do sigilo telefônico e de mensagens de Gilson Machado.

Para a PGR e para a PF, havia indícios de que o ex-ministro do Turismo tentou emitir um passaporte português em maio de 2025 para que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, deixasse o Brasil.

Além disso, Machado teria promovido, por meio de seu perfil no Instagram, uma campanha de arrecadação de doações em dinheiro que seriam destinadas a Bolsonaro, o que também chamou a atenção dos investigadores.

No pedido da PGR ao Supremo, Gonet diz que Machado não obteve êxito na emissão do documento para Cid, mas que a PF ainda considera possível que ele "busque alternativas junto a outras embaixadas e consulados" para essa finalidade.

Para Gonet, essas informações levantam suspeita de que Machado esteja atuando para obstruir a ação penal sobre a tentativa de golpe. A PGR pediu que o ministro Alexandre de Moraes autorize não só a abertura de um inquérito, mas também permita a adoção de medidas de busca e apreensão.

As buscas seriam "em prol do avanço das investigações, que podem se beneficiar do achado de documentos, anotações, registros, mídias, aparelhos eletrônicos e demais dispositivos de armazenamento de dados reveladores de circunstâncias delituosas".

O tenente-coronel Mauro Cid também foi preso na manhã desta sexta-feira (13).  A informação inicial, de acordo com a CNN Brasil, é de que o tenente-coronel teria sido detido pela Polícia Federal (PF). A defesa, no entanto, nega que o militar tenha sido detido. A polícia investiga se ele tentou pegar o passaporte para deixar o Brasil.

Agora, o militar deve ser levado para a sede da Polícia Federal, em Brasília, para um novo depoimento. A previsão é que a oitiva ocorra ainda na manhã desta sexta.

G1 e Cnn