Juazeiro vai, aos poucos, se desfazendo diante dos nossos olhos – e não é o tempo que a destrói, mas nossas próprias mãos. Neste primeiro episódio da série “Opinião Privada”, que estreia na redeGN, o poeta e compositor Maurício Dias nos convida a refletir sobre um processo doloroso, quase silencioso, que tem consumido o coração e a memória do nosso município: a autofagia urbana.
É a cidade devorando a si mesma. É a demolição do antigo sem respeito à história. É o apagamento de espaços que abrigaram cultura, encontros, lutas e sonhos. É o patrimônio público e cultural sendo tratado como entulho, quando deveria ser cuidado como tesouro.
Como cantor, compositor e cidadão apaixonado por Juazeiro, Maurício não quer silenciar diante da forma como nossas praças, casarões, prédios públicos e a própria história é devorada. Cada pedaço de parede derrubada, cada reforma que ignora a identidade do lugar, é um pouco que se perde – e não volta mais.
Neste vídeo, Maurício faz “um convite à memória e à resistência. Porque amar Juazeiro é também lutar por ela. É impedir que o progresso venha travestido de destruição. É pedir planejamento, é exigir respeito”, diz.
A autofagia é quando o corpo consome a si mesmo para sobreviver. Mas e quando a cidade consome sua história por descuido, desinteresse ou conveniência?
Juazeiro merece mais que muros novos. Merece raízes fortes. Merece voz. Com vocês!! Opinião Privada – Episódio I – Por Maurício Dias.
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OPINIÃO PRIVADA - AUTOFAGIA - ASSISTA:
Da redação redeGN
5 comentários
23 de May / 2025 às 10h52
Concordo plenamente com você, Maurício. Queria ter nascido bem antes, pra viver nessa época de uma Juazeiro que foi linda...
23 de May / 2025 às 11h19
Maurício é um atraso pra si mesmo? Temos um Brasil enorme, como compositor nunca saiu da nossa província ,me refiro comparando ao centro RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO? se tivesse saído de JUAZEIRO com certeza seria um nome forte na música popular brasileira? que o diga João Gilberto ,Ivete sangalo? Outra juazeiro precisa crescer e muitas coisas vão se definhando, tornando-se coisas do passado abre os olhos Maurício JUAZEIRO DE HOJE NÃO É A JUAZEIRO DE 60 ,50 ANOS ATRÁS! VIDA QUE SEGUE E EU SIGO TAMBÉM
23 de May / 2025 às 11h19
Maurício é um atraso pra si mesmo? Temos um Brasil enorme, como compositor nunca saiu da nossa província ,me refiro comparando ao centro RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO? se tivesse saído de JUAZEIRO com certeza seria um nome forte na música popular brasileira? que o diga João Gilberto ,Ivete sangalo? Outra juazeiro precisa crescer e muitas coisas vão se definhando, tornando-se coisas do passado abre os olhos Maurício JUAZEIRO DE HOJE NÃO É A JUAZEIRO DE 60 ,50 ANOS ATRÁS! VIDA QUE SEGUE E EU SIGO TAMBÉM
23 de May / 2025 às 12h22
Morei 3 anos em Juazeiro e sou tão apaixonado por essa terra. Pena que não vi as pessoas a amando tanto.
23 de May / 2025 às 15h42
A memória é uma arma de resistência..