Ministro sobre CPMI do INSS: "Governo não tem medo"

Em meio aos desdobramentos do esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, enfatizou que a investigação vai até o fim "doa a quem doer".

Ele defendeu a atuação do governo no caso e disse que as irregularidades só foram descobertas e interrompidas por ação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). Também reforçou que o valor dos reembolsos virão, inicialmente, dos R$ 2,5 bilhões bloqueados das entidades associativas que realizaram os descontos.

Segundo Queiroz, a tendência é de que esse valor "vá muito mais além. "As investigações da Polícia Federal e da CGU ainda estão em curso. Os bloqueios de bens estão aumentando, as investigações podem alcançar novos bens e podem aumentar em muito esse valor. E é desse valor, das empresas fraudulentas, fantasmas, que roubaram os aposentados, que nós vamos buscar a responsabilização e o ressarcimento", sustentou, na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senador. Ele foi chamado ao colegiado para prestar esclarecimentos sobre as fraudes.

Na sessão, houve embates entre parlamentares da base do governo e da oposição. Enquanto parte bateu na tecla de que as fraudes tiveram início em 2019, no governo do então presidente Jair Bolsonaro, outros reforçam que os desvios aumentaram em 2023, já na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O titular da Previdência seguiu o discurso do Planalto, de que as fraudes não tiveram início na administração Lula. "Quero dizer que essas fraudes não começaram agora, mas terminaram neste governo. Foi nosso governo, o governo do presidente Lula, uma decisão do governo que mandou chamar a polícia, que deflagrou a operação e que desbaratou essa gangue que roubava os aposentados", frisou.

Ele acrescentou: "Foi o nosso governo que pôs fim àquela farra e está tomando as providências para preservar os aposentados, para que nenhum deles fique prejudicado e para punir exemplarmente cada uma daquelas associações e pessoas físicas."

Correio Braziliense Foto reprodução Agencia Senado