O poeta, cantor e compositor Maurício Dias, foi o entrevistado da semana no CAFÉ COM BLOG, da redeGN e durante a entrevista falou sobre carreira, música, mas provocado, não deixou de responder a perguntas mais apimentadas feitas pelos entrevistadores e internautas.
Em um dos trechos Maurício foi provocado sobre sua inquietação quando vê juazeirenses tratarem com descaso a bossa nova, gênero criado por um filho da terra, João Gilberto: "Juazeiro, desde que eu me entendo como criança, nunca gostou de Juazeiro, mesmo quando a cidade era bonita, falando em termos da arquitetura neocolonial, todo mundo dizia assim: ou Juazeirinho cachorro, terra de muro baixo, era assim que as pessoas da elite e das classes médias se referiam a Juazeiro, e Petrolina nem existia”, lembrou.
De acordo com Mauriçio, esse tipo de comportamentp vem de longe e relembrou uma história contada na cidade sobre um “tal de dr. Rivô”, que assinava "Fake news", sem que ninguém sequer o conhecesse. “Acho que é por isso que Juazeiro até hoje gosta muito de fofoca, relatou, reforçando a tese de que “muitos aqui gostam mais de desconstruir”.
O poeta disse acreditar que Juazeiro perdeu muitas coisas, em função dessa desconstrução, embora tenha criado para o mundo “o ouvido do gênio maior da música brasileira”: "Acabaram com a ferrovia, acabaram com o Porto, os clubes eram fantásticos, Apolo, 28 de setembro, orquestras internacionais tocando aqui, o Country Club", lembrando que "o serviço de alto falante das ruas criou o ouvido do gênio maior da música brasileira, no mundo”, disse, tazendo referência ao seu maior ídolo, João Gilberto.
Confira a entrevista a partir desse ponto:
Da redação redeGN
1 comentário
25 de Apr / 2025 às 09h24
Morei em Juazeiro por 2 anos. Amo a cidade, curtia cada detalhe e peculiaridade, até as mãos estranhas kkk. Mas era triste sempre ver as pessoas nativas a tratarem tão mal e não sentirem orgulho.