Derrotada nas eleições internas da Rede Sustentabilidade, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi convidada a se filiar ao PSB.
O convite partiu do presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, e também teria sido estendido a aliados próximos, como a deputada estadual Marina Helou (SP).
A possível migração para o PSB representaria, na prática, um retorno. Marina disputou a Presidência da República em 2014 pelo partido, após a morte do ex-governador Eduardo Campos, com quem formava chapa. Na ocasião, terminou em terceiro lugar, alcançando sua maior votação em eleições presidenciais.
Apesar da sinalização, aliados da ministra afirmam que, por enquanto, a saída da Rede está descartada — embora reconheçam que a reversão do cenário interno no partido é pouco provável.
A tensão interna cresceu após a eleição de Paulo Lamac, secretário da prefeitura de Belo Horizonte e ligado à ex-senadora Heloísa Helena, como novo porta-voz da sigla. O grupo de Marina investe em ações judiciais contra a ala adversária e contesta a condução do processo interno.
Antes mesmo da escolha de Lamac, a disputa já estava judicializada. A ala da ministra acusa Heloísa Helena de arbitrariedade, enquanto a direção atual rebate, alegando desrespeito às decisões democráticas da legenda.
Mesmo com o racha, Marina e seus aliados ainda insistem na permanência na Rede — partido que ela ajudou a fundar em 2013 como alternativa ao PT e à oposição tradicional. Já Heloísa Helena, ex-PSOL, entrou na legenda em 2015. As informações são do site O Globo.
Bahia Notícias/Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
2 comentários
22 de Apr / 2025 às 14h30
Estou sem tempo para avaliar o conflito interno, divergências, interesses, e futuro. Estou viajando, mas a noite escreverei sobre o episódio
23 de Apr / 2025 às 10h43
Infelizmente no Brasil, os partidos na politica perdem sua identidade muito cedo, salvo alguns que persistem, entretanto o linha de pensamento não se renova, mas fica evidente que os partidos surgem com uma proposta, que se desfaz quando incham, por oportunismo, fisiologismo. Nunca por ideais de justiça, identificados nos seus estatutos e programas propostos para as classes sociais mais sofridas. Estamos vendo as fusões, mudanças de siglas, exclusão de alguns lideres, a surgimento de invasores em agremiações partidárias, apenas para confundir o eleitorado desavisado e apolitico. Até quando?