O presidente da Câmara, Hugo Mota, decidiu estender ainda mais o feriadão prolongado de Páscoa. Fez uma viagem pessoal com a família, só deve voltar na semana que vem. Enquanto isso, vários projetos estão em compasso de espera ali na Câmara dos Deputados, ainda sem qualquer tipo de tramitação.
Semana bastante esvaziada, essa inclusive, são apenas três dias de trabalho, ou seja, de segunda à quarta, sendo que as presenças podem ser computadas pela internet, ou seja, os deputados podem participar à distância e não precisam ir presencialmente ao plenário. No Senado, por exemplo, não tem nem sessão prevista ao longo dessa semana, portanto, as duas casas bastante esvaziadas.
Enquanto isso, vários projetos vão ficando para depois, até mesmo governistas já admitem que algumas prioridades adotadas pelo governo só devem ficar mesmo para a votação no segundo semestre.
Na lista desses projetos, tem aquele projeto do Imposto de Renda, aquela comissão especial até foi criada pelo presidente da Casa, Hugo Mota, mas os partidos nem ao menos indicaram os membros dessa comissão e não há nem previsão de quando as primeiras reuniões devem acontecer. Isso sem contar o PL da Anistia, que muito tem sido discutido, mas só deve vir à pauta na semana que vem, na reunião de líderes do dia 24, sem contar a PEC da Segurança Pública, já apresentada aos líderes, mas que só deve ser protocolada também na semana que vem, e outros projetos importantes, como o Plano Nacional de Educação, a regulamentação das redes sociais e até mesmo da inteligência artificial. E até mesmo aqueles projetos que estão desde o ano passado por lá também não andaram.
É o caso da Reforma da Previdência dos Militares, projeto tratado como prioridade para o governo, para que ele já comece a valer a partir do ano que vem. Esse projeto foi protocolado no dia 17 de dezembro do ano passado, portanto, quatro meses parado ali na Câmara, sem ao menos designar um relator ou mesmo quais serão os membros da comissão que vão analisar esse texto da Reforma da Previdência dos Militares. Portanto, muito se diz aqui em Brasília de que o Congresso só começa a funcionar mesmo depois do Carnaval, mas dessa vez, mesmo depois do Carnaval, a gente percebe que não tem muita atividade por lá, não.
Os projetos prioritários têm ficado até para depois da Páscoa.
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