O reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, a reitora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Maria José de Sena, o reitor da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE), Airon Melo, e o reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Telio Nobre Leite, se reuniram nesta terça-feira (dia 15) para relatar os desafios orçamentários que serão enfrentados pelas quatro instituições em 2025 – após uma nova redução nos recursos e a decisão de liberar a verba na fração 1/18 e não na 1/12, como era esperado.
A UFPE sediou o encontro, realizado no auditório da Reitoria.
Na ocasião, os gestores relataram à imprensa os cortes que já foram realizados em cada universidade, os impactos dessas medidas nas atividades (de ensino, pesquisa e extensão) e as dificuldades que enfrentam para garantir a realização dos serviços essenciais e fazer manutenção predial, por exemplo.
Também se falou sobre a importância de garantir medidas de assistência estudantil. No caso da UFPE, o pagamento de bolsas e os custos dos restaurantes universitários correspondem a 24% do orçamento. Como exemplo da relevância dessas ações para que haja democratização do acesso às universidades, a UNIVASF registra que mais de 60% dos seus estudantes estão em situação de vulnerabilidade econômica.
Paralelamente ao relato das dificuldades enfrentadas, foi destacado o esforço das comunidades acadêmicas para manter suas atividades. Como exemplo, o reitor da UFPE Alfredo Gomes citou os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
No caso da UFPE, a diferença entre o orçamento que era estimado no Projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), apresentado em agosto de 2024, e o orçamento que será recebido a partir da aprovação da LOA 2025 pelo Congresso Nacional, o que se deu no último mês de março, é de R$ 8 milhões. Com isso, a UFPE terá R$ 170 milhões para arcar com custos relativos ao funcionamento da instituição (76%) e com a assistência estudantil (os já citados 24%). Um valor ainda menor do que o aprovado na LOA 2024, que foi de R$ 171 milhões.
Além disso, houve mais uma diferença. Quanto aos limites orçamentários mensais, a expectativa era de que a UFPE tivesse recebido R$ 65,7 milhões referentes ao período de janeiro a maio de 2025, caso fosse mantida a liberação em 1/12. No entanto, com a divisão da liberação das verbas atualizada para 1/18, foram destinados R$ 49,5 milhões à UFPE no mesmo período.
“Nossa universidade tem sede em Pernambuco, mas também tem atuação no interior da Bahia e o Piauí. Temos sete unidades acadêmicas em seis cidades. Em Pernambuco, Petrolina e Salgueiro, no Piauí, São Raimundo Nonato, e na Bahia, Juazeiro, Senhor do Bonfim e Paulo Afonso. Temos essa característica de ser uma universidade multicampi no interior do Nordeste, o deslocamento entre as unidades e as visitas de campo são estratégicas para a qualidade da nossa formação. O índice geral de cursos divulgado recentemente demonstra essa excelência. Mas, com a redução desse tipo de despesa, nós impactamos diretamente na formação dos nossos estudantes”, explicou o reitor da UNIVASF, Telio Nobre Leite.
redegn com informações Diário de Pernambuco Foto reprodução
2 comentários
16 de Apr / 2025 às 12h21
Tá reclamando de que? Fez o "L" , aguenta calado.
16 de Apr / 2025 às 12h21
Mas a grana para corte imperial andar de jatinho da FAB nunca esgota.