O número de vítimas de acidentes com motocicletas internadas na Bahia em 2024 chegou a 12.888. Os dados mais que dobraram em relação a dez anos atrás. É o que aponta um balanço divulgado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
Segundo os registros, foram contabilizadas 5.949 vítimas em 2014. O aumento é de 117% em relação ao ano anterior. Especialistas apontam que o crescimento tem relação com a expansão da frota de motocicletas nas ruas.
"As principais vítimas são dessa faixa adulto/jovem, que vai dos 20 aos 29 anos. A grande maioria do século masculino. Então, é realmente um problema muito grave, que precisa ser visto com mais atenção", afirmou o presidente da Abramet, Antônio Meira Júnior.
O Hospital Ortopédico da Bahia, que fica em Salvador, recebe por dia 15 pacientes oriundos de várias partes do estado. Segundo a gestão, 70% do atendimento abrange vítimas de de acidentes de trânsito e mais da metade dele envolve motos.
"Hoje, os acidentes de motocicleta são um problema de saúde pública na Bahia. A cada ano, os números têm aumentado. A questão da velocidade é algo muito importante. Muitos deles, às vezes, caem e não estão usando equipamentos de proteção, como luva e capacete, de forma adequada. Tem uma questão também do uso de álcool e drogas. E tem a questão das vias também, de buracos, mal iluminação... então, é uma série de variáveis que causam essa quantidade tão grande de acidentes", disse Roger Alencar, diretor médico da unidade de saúde.
HOSPITAL UNIVASF: A REDEGN obteve a informação que em 2024, o hospital também enfrentou desafios relacionados ao grande volume de vítimas de acidentes de transporte terrestre, especialmente motociclistas. Como unidade sentinela para notificações desses acidentes em Pernambuco, o hospital atendeu 10.436 vítimas, sendo que 8.081 estavam em motocicletas.
A chefe da Unidade de Vigilância em Saúde do HU, Daniely Figueiredo, ressalta que os principais fatores de risco identificados nesses atendimentos incluem o excesso de velocidade, o consumo de álcool e drogas, a falta do uso de dispositivos de segurança, como capacetes e cintos, além de falhas na infraestrutura viária, como sinalização inadequada e baixa iluminação.
Segundo Figueiredo, a prevenção desses acidentes exige uma “abordagem com amplitude e multisetorial em vários níveis, incluindo esforços para melhorar a infraestrutura, implementar leis e políticas de segurança no trânsito, aumentar a conscientização sobre os riscos e os comportamentos de risco associados”. Nesse sentido, o HU-Univasf tem ampliado suas ações educativas em parceria com órgãos de trânsito, instituições e sociedade civil, promovendo campanhas, projetos e atividades extensionistas voltadas à educação no trânsito, especialmente em escolas, como estratégia fundamental para a redução de acidentes e óbitos.
Redegn com informações G1 e Hospital Univasf Fotoreprodução TV Caatinga
1 comentário
03 de Apr / 2025 às 08h21
Eu intendir direito ela falou cinto e motocicleta se usa cinto que eu saiba usa capacete e luvas e boca agora cinto e novidade