Artigo - A estrela da esperança faz 45 anos

A cidade que me acolheu, Juazeiro da Bahia comemorou ontem (22) o aniversário do sujeito social da classe trabalhadora. Uma constelação iluminou o céu de poesia e de sonhos, uma espécie de estrela guia que aponta caminhos da luta popular. Já são 45 anos de luz na cena da luta classista, essa estrela me conduz.

Conduz também os trabalhadores brasileiros. Conduz a juventude. Conduz o povo pobre desse país para uma sociedade tão sonhada e desejada. O PT é isso. O maior partido de esquerda do Ocidente.

O Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores foi parido de um parto natural, resultante das lutas democráticas contra a ditadura militar.  Nasceu filho do Movimento Sindical e dos Movimentos Eclesiais de Base, apadrinhado por uma intelectualidade que buscava uma interpretação genuína do Brasil. Trazia consigo a missão de ser o instrumento de intervenção política e social da classe trabalhadora, único no mundo com esse modelo e propósito de ser um partido de massas, plural e pela base, com a natureza do exercício do contraditório internamente com suas tendências, inaugurava a ideia da “democracia socialista”. Afinal, só existe democracia onde as massas possuem voz e ampla participação política.

O PT nasceu em 10 de fevereiro de 1980, durante histórica reunião no Colégio Sion, em São Paulo, com o objetivo de dar voz e vez à imensa maioria da população brasileira da cidade e do campo que, ao longo de sua história, foi colocada à margem das grandes decisões políticas e da distribuição da riqueza do país. Nasceu como uma esperança de mudança social para resgatar a democracia no Brasil.O PT nasceu para combater o detestável regime da ditadura militar, que durante 21 anos, assassinou, torturou, sequestrou e oprimiu o povo brasileiro.

O Partido dos Trabalhadores, já nos seus primeiros documentos, forjados nas discussões por núcleos de militantes organizados, reivindicando mais empregos, habitação, educação, saúde, reforma agrária, fim da carestia e outros avanços sociais, enfatizava a importância da política na construção de uma nova sociedade mais justa e igualitária. Engajou um verdadeiro exército de caminheiros da esperança, esperançando sempre um mundo em que a felicidade esteja ao alcance de todos.

Em política, é sempre necessário buscar a relação de identidade e representatividade, e ninguém melhor preenche esse critério do que o partido que traz essa relação como razão de existir, não há na nossa história, nada comparável aos programas de inclusão social dos governos do PT. Programas de moradia, luz para todos, samur, acesso a universidade, agricultura familiar, bolsa família, fome zero, primeiro emprego... Elencaria aqui mais de setenta, serei econômico no texto. Quem representa e se identifica com o campo popular empodera o povo e coloca o pobre no orçamento.

Foi muito lindo a festa de aniversário que remontou às origens, homenageando o fundador em Juazeiro, o companheiro Carlão na presença dos seus familiares. A história de quem faz a nossa história, uma confraternização que reuniu partidos aliados no campo democrático e popular. Celebração de uma fraternidade cujos alicerces são dos mesmos materiais, mesmo sonho, mesma luta.

A esperança já venceu o medo, o amor já venceu o ódio e o esforço humanista precisa estar organizado para vencer o fascismo. O momento exige união de todas as forças comprometidas com o processo de humanização, é hora de salvar a democracia, a ameaça neofascista é real. No aniversário do PT renovamos nosso compromisso com os valores democráticos. O PT é desassombrado, só temos medo de ter medo. Vamos à luta! Temos um compromisso com a história. Viva o PT.

OUSAR LUTAR,

OUSAR VENCER.

Gilberto Santana