Comunitário se posiciona contra o carnaval em Juazeiro (BA)

Em mensagem ao email da Rede GN o comunitário do Alto do Cruzeiro Anderson Levy apoia a iniciativa do prefeito Andrei Gonçalves de não promover o carnaval este ano.

Confira a mensagem na íntegra:

O que o carnaval traz ao Brasil:

- Confusão.

- Barulho.

- Acidentes.

- Brigas.

- Engarrafamentos

- bebedeira.

- Mortes.

- Doenças sexualmente transmissíveis.

- Gravidez Indesejada.

- Dentre outros males....

Isso sem contar as energias negativas e as obsessões espirituais que correm livremente no carnaval. Claro que tudo isso existe em outras épocas do ano... mas os dados mostram que, no carnaval, tudo isso se intensifica muito, se difunde e se generaliza.

Por isso, devemos ser muito cautelosos e prudentes com o carnaval. A melhor atitude é evitar grandes aglomerações e procurar se preservar dos excessos.

Se o carnaval fosse uma festa simples, com músicas populares, sem muita bebedeira, sem confusão, sem multidões, se as pessoas não brigassem, se as pessoas dançassem sem extravagâncias, se as letras das músicas fossem reflexivas ou que apresentassem a cultura popular.... Nesse caso poderia ser sim ser algo muito bom e positivo... como eram alguns bailes de carnaval de antigamente... Mas esse carnaval de hoje em dia é só tormento, brigas, confusão, acidentes, doenças, sexualidade exacerbada, culto ao corpo, mortes, álcool, engarrafamentos, homens machistas que não respeitam as mulheres, pessoas urinando no meio da rua, proliferação de lixo de todos os tipos, um barulho ensurdecedor em muitos lugares, aumento de gastos públicos com acidentes, muitas pessoas impedidas de sair de suas casas por conta da multidão etc etc...

Diante de tudo isso, torna-se evidente que o carnaval, da forma como é celebrado atualmente, perdeu muito de seu propósito original e se transformou em um evento de excessos. O que poderia ser uma manifestação cultural rica e alegre acaba se tornando um grande problema social, um período onde se multiplicam os abusos e as transgressões, e onde muitas pessoas se permitem atitudes que não teriam em outros momentos do ano.

A desculpa da "alegria" e da "festa popular" acaba servindo para justificar comportamentos irresponsáveis, que trazem consequências tanto individuais quanto coletivas. Para muitos, é um período de libertinagem disfarçada de liberdade, de permissividade disfarçada de diversão. Os exageros no consumo de álcool e drogas geram incontáveis tragédias, desde brigas de rua até acidentes fatais. As relações fugazes, incentivadas pelo clima de euforia e embriaguez, frequentemente resultam em doenças, gravidez indesejada e arrependimentos que se prolongam por toda a vida. O respeito ao próximo se dissolve no meio da multidão, e não são raros os casos de abusos, assédios e violência.

E não são apenas os aspectos físicos e sociais que preocupam. Quem tem um olhar mais atento para o mundo espiritual sabe que ambientes de descontrole, de perda da razão e de exaltação dos prazeres materiais abrem portas para influências espirituais negativas. Energias densas pairam sobre as ruas, alimentadas por pensamentos e emoções desgovernadas. O campo energético das pessoas se enfraquece, tornando-as mais vulneráveis a influências externas. Não é incomum que muitos saiam do carnaval não apenas com cansaço físico, mas também com uma sensação de esgotamento, irritabilidade e tristeza, sem sequer entender o motivo.

Por isso, é fundamental refletir sobre qual é a verdadeira natureza do carnaval e quais são os seus impactos. Vale mesmo a pena se jogar em meio a multidões descontroladas, expor-se a perigos, arriscar sua integridade física, moral e espiritual em nome de poucos dias de euforia passageira? O que sobra depois que a festa termina? As ruas cobertas de lixo, os noticiários recheados de tragédias, os hospitais lotados de vítimas da imprudência, as estatísticas de violência e acidentes disparando.

Seria o carnaval uma expressão genuína de alegria ou apenas uma ilusão, uma fuga momentânea da realidade? A verdadeira alegria não se encontra nos excessos, mas na paz de espírito, na consciência tranquila, no respeito ao próprio corpo e à própria alma. Quem compreende isso escolhe caminhos diferentes, opta por preservar sua energia, por buscar momentos de lazer que tragam bem-estar de verdade, que não deixem rastros de arrependimento, cansaço ou sofrimento.

Não se trata de demonizar a festa, mas de reconhecer seus perigos e agir com prudência. O que poderia ser um momento de celebração da cultura e da música poderia também ser vivido de forma mais harmoniosa, sem tantos prejuízos para a sociedade e para o indivíduo. Infelizmente, o carnaval de hoje se tornou um período de caos, onde a consciência é colocada de lado e os impulsos falam mais alto.

A escolha está sempre nas mãos de cada um. Vale a pena refletir sobre o que realmente buscamos e se é nesse tipo de ambiente que desejamos estar. Afinal, a verdadeira festa acontece dentro de nós, quando estamos em paz e alinhados com o que realmente nos faz bem.

Por Anderson levy