Através das redes sociais, Ester Souza, expôs a denuncia que foi vítima de negligência médica no Hospital Materno Infantil de Juazeiro.
Grávida pela primeira vez, ela perdeu a filha horas após o início do trabalho de parto e acusa "que a equipe médica teria forçado um parto normal, quando necessitaria de uma cesariana".
No texto, Ester revela que "fui ter minha filha e quem saiu com ela nos braços, SEM VIDA, foi minha mãe...eles deixam as grávidas jogadas pelos cantos, pelos corredores...eu mãe de primeira viagem. Hoje estou sofrendo a perda da minha filha"
Ester conta que deu "entrada na maternidade no dia 17 de janeiro deste ano, com 41 semanas de gestação".
Confira a denúncia: "Quando cheguei ao hospital, estava com 6cm de dilatação. Porém, de 11h até 14h não dilatou nada mais, mesmo assim, só mandavam eu andar, para dilatar mais. Minha filha estava pesando 4kg e tinha 61 cm. Eu, mãe de primeira viagem, estava sem passagem para conseguir ter um parto normal, mesmo assim, ficaram forçando para que tivesse minha filha de parto normal”.
“Minha filha passou da hora de nascer e o coração dela parou de bater. Só depois disso é que vi o desespero da equipe, correndo de um lado para o outro. Deixaram minha filha fazer cocô na minha barriga e engolir, para somente depois fazerem o parto cesário. Perdi a minha filha por negligência médica. Tive uma gestação toda saudável durante 9 meses, para quando chegar na maternidade pensar que iria sair com minha filha nos braços e sair com um atestado de óbito”.
“Que descaso é esse que nem a própria mãe tem o direito de saber o porquê de sua filha ter nascido morta? Só soube o que realmente aconteceu porque uma enfermeira me disse que ela tinha engolido o cocô que fez na minha barriga. Quando a bolsa estourou e saiu um líquido escuro, eu cheguei a informar a uma enfermeira, mas ela disse que era urina. Chegaram a falar em má formação e até a dizer que minha filha tinha uma doença rara no coração, o que não é verdade. Minha filha era perfeita. Nem mesmo o direito de pegar ela nos braços eu tive, pois eles botaram remédio no soro para me dopar, sem a minha permissão”.
“Fui ter minha filha e quem saiu com ela nos braços, sem vida, foi minha mãe. Vocês, mães, fiquem espertas quando forem ter os filhos de vocês nessa maternidade. Lá eles deixam os nossos filhos morrerem. Um descaso total. Eles deixam as grávidas jogadas pelos cantos, pelos corredores, passam por cima da gente e nem ligam. Eles só ligam quando veem que a criança está morrendo ou a mãe está morrendo. Esse hospital já deveria ter fechado há muito tempo, pois se for para contar quantas crianças já morreram lá, vamos perder as contas, pois já foram muitas. Hoje só restou aqui uma mãe sofrendo pela perca da sua filha, que não volta mais”.
Em nota, a Sesau esclarece que em relação ao óbito da recém-nascida, no dia 17 de janeiro, a Prefeitura de Juazeiro lamenta profundamente e esclarece que quando tomou conhecimento do relato da mãe, de imediato, buscou o contato com a família para prestar todo o apoio necessário, bem como está agindo na apuração minuciosa dos fatos.
A secretaria de saúde e a direção da maternidade estão levantando informações e irão ouvir os profissionais que estavam na maternidade no dia do acontecimento para adotar as medidas administrativas que se fizerem necessárias.
Nesta manhã, a família recebeu o acolhimento e foi ouvida pela secretária da Mulher e Juventude, Érica Daiane, e pelo secretário de Saúde, Helder Coutinho. Durante o encontro, os secretários se solidarizaram com a mãe da recém-nascida e ofereceram suporte psicológico e proteção social. Além disso, eles apresentaram as providências que já vinham sendo adotadas e que serão ampliadas para tornar o atendimento mais humanizado e trazer mais conforto e segurança na assistência às gestantes antes, durante e depois do parto.
O prefeito, Andrei Gonçalves, reforçou medidas significativas que já estão em andamento para beneficiar as gestantes de toda a região atendidas pela Maternidade de Juazeiro, como: Contratação de doulas para assistência no pré-parto, parto e pós-parto; Contratação de mais enfermeiros obstetras, a oferta de cursos de qualificação para toda a equipe de atendimento e a ampliação da assistência social aos fins de semana.
Quanto ao espaço físico, já está sendo feita uma reforma no prédio da maternidade, gerando melhorias das condições internas. Para dar mais conforto às gestantes e aos profissionais de saúde será feita ainda a climatização das enfermarias e a implantação de leitos para a realização de partos naturais, de forma humanizada.
A Prefeitura, mais uma vez, lamenta o ocorrido, se solidariza com a família e reitera que, o modelo de atendimento da atual gestão, em todos os órgãos públicos municipais, é pautado pelo acolhimento, a empatia e responsabilidade com o nosso povo.
redegn Foto redes sociais
4 comentários
06 de Feb / 2025 às 11h03
Esse hospital recebe todo mês , 1 milhão de reais de doação. Para onde está indo essa doação?
06 de Feb / 2025 às 14h53
Cá prá gente! Tem muitos estagiários médicos das faculdades de medicina de juazeiro/,Petrolina em hospitais da região ! São quase formados estagiando sem a menor condição! Creio que fazer residencia médica em outros centros CAPITAIS é mais conveniente para seus conhecimentos médicos
06 de Feb / 2025 às 16h45
Dor de uma Mãe ao Perder sua Filha no Parto. Para o Prefeito Andrei Por Ana Maria O silêncio tomou conta do quarto. O choro que eu tanto esperei nunca veio. Em vez disso, o som frio das máquinas e o olhar vazio dos médicos me disseram que meu coração se recusava a aceitar. Minha filha… Meu amor, minha esperança, meu sonho. Ela estava ali, mas não estava. Meu corpo ainda quente da minha vida que gerou, agora tremia diante da ausência que rasgava a alma. Eu imagino tantos momentos: o primeiro toque, o primeiro olhar, seu cheiro misturado ao meu. Eu já amei antes mesmo de vê-la, já senti sua p
07 de Feb / 2025 às 08h02
Não precisamos de ostentação em rede sociais como tudo estivesse indo certo, pois quando nos deparamos com uma tragédia dessa que é mais uma para aquele hospital, a dor da mãe que teve sua filha assassinada, em razão de não ter condição de uma criança tão grande nascer cesário. Em Juazeiro a esperança vem e vai ao mesmo tempo, mas a administração só muda de nome, por esse motivo a população da cidade está migrando para outro lado da ponte, não porquê o outro lado seja melhor, porém as pessoas estão sendo tratadas como deve. Eu já garantir a minha mudança de banca.