Colégio Geo Juazeiro promove encontro com Conselhos Municipais para elaborar ações afirmativas contra o preconceito racial na escola

Nesta segunda-feira, 27, a Diretoria e Coordenação do Colégio Geo Juazeiro vai promover encontro com representantes do Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Promoção e Igualdade Racial, Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, Conselho Municipal dos Direitos Humanos e UNEGRO. O objetivo é buscar, escola e sociedade, alternativas no combate ao racismo e outros preconceitos e violências.

Para a Diretora do Colégio Geo Juazeiro, Neide Azevedo, é importante formar uma comissão com essas instituições. "Com os episódios de racismo aparecendo na escola, a gente entendeu que precisa agir com mais força no enfrentamento ao preconceito e a melhor forma de planejar ações nesse sentido é tendo as instituições que já fazem esse trabalho a nos orientar. Faremos um trabalho pedagógico em sala de aula, mas também com as famílias.", afirma Neide.

Sobre a nota do COMPIR (Veja aqui)

De acordo com a Coordenação do Colégio Geo Juazeiro, aconteceu na manhã da última terça-feira, 21, outro episódio de injúria racial, que foi resolvido imediatamente com alunos e seus familiares. "Enquanto os alunos chegavam na escola para as atividades do dia, dois outros alunos - um menino e uma menina - crianças de 11 anos, conversavam entre si e diziam apelidos sobre os que chegavam. Não havia ninguém escutando, apenas eles dois. Então o aluno citado na nota do COMPIR chegou na escola, passou por aqueles dois colegas. Sem que ele escutasse, o menino lhe chamou de 'feio', enquanto a menina utilizou a palavra 'macaco'. Logo depois o menino foi até o aluno citado na nota do Compir e contou o que sua colega acabara de lhe chamar. O aluno foi até a menina e revidou a ofensa, chamando-a de palavras como 'gorda'", conta a Coordenação do Colégio Geo. 

Após a discussão entre os alunos, o menino citado na nota procurou a Coordenação da escola, que agiu com providências imediatas. "Os alunos foram chamados e orientados que, mesmo não falando diretamente para o colega, aquele termo era racismo e que seriam suspensos e passariam pelos mesmos cuidados de orientação. Também procuramos os pais dos três alunos envolvidos, contamos o que aconteceu e sobre a punição que seria dada. Não nos isentamos em nenhum momento. Ninguém merece desrespeito, ninguém merece ser tratado com injúria. Nosso posicionamento é continuar não permitindo esse comportamento na escola.", conclui a Coordenação.

Por Ramáiana Leal/ Ascom