Saúde prevê finalizar vacinação infantil com a primeira dose até o final de março

O secretário-executivo do ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse à CNN que a vacinação de crianças de cinco a onze anos com a primeira dose de vacina contra a Covid-19 estará concluída no final do próximo mês. A pasta informou ainda que todo o quantitativo destinado para a primeira dose já chegou aos estados. Nesta quinta-feira, o Instituto Butantan enviou dez milhões de doses da Coronavac à Saúde, para serem utilizadas como segunda dose, e ofertou 20 milhões de doses.

Segundo o ministério, por enquanto, não há necessidade de adquirir o montante extra. A Pfizer tem 9,7 milhões de doses já distribuídas e mais 3,9 milhões devem chegar na próxima segunda-feira. A previsão é receber 22 milhões de doses da Pfizer também até o final de março.

Atualmente, segundo Rodrigo Cruz, o Brasil tem cerca de 30% das crianças imunizadas com a 1ª dose contra a Covid-19. O percentual, porém, pode ser maior, já que existe atraso de aproximadamente dez dias no registro feito pelos estados no site do ministério. Além disso, Cruz ressalta que a vacinação de menores ocorre num ritmo diferente dos adultos por algumas particularidades.

“Demora. Não são todos os postos que podem vacinar crianças. Há casos específicos em que a criança precisa ficar em observação. A capacidade de vacinação é diferente”, diz.

4ª Dose

Já o início da vacinação com a quarta dose não tem previsão. A pasta discute a aplicação em idosos, mas diante da falta de consenso entre especialistas, o assunto está ainda em análise. Na próxima semana, técnicos do ministério se reunirão com representantes da Pfizer e da Astrazeneca para discutir o assunto. Não há previsão de agenda para tratar do tema com o Instituto Butantan.

Flexibilizações

A CNN consultou outras fontes do ministério sobre as flexibilizações de medidas não farmacológicas, como uso de máscaras, além de portarias e decretos em razão da pandemia. Na próxima semana , técnicos pretendem dar início a uma série de reuniões com a Anvisa, órgãos de controle em saúde e representantes da Organização Mundial da Saúde para entender a necessidade da manutenção do que já foi adotado até agora. A avaliação interna é que retroceder em ações da pandemia é algo sensível para o Brasil, mas que é importante ouvir autoridades e estudar cenário de países.

CNN / foto: reprodução