Baronesas voltam a invadir balneário da prainha em Paulo Afonso. Bahia

Mesmo com a cheia do Rio São Francisco, conhecida popularmente como 'baronesa', a planta aquática Eichornia crassipes, que forma uma espécie de tapete na água, invadiu a região do Balneário Prainha, um dos principais pontos turísticos de Paulo Afonso.

A vegetação se prolifera em ambientes poluídos e o acúmulo pode gerar consequências para o ecossistema local.

Quando apodrecem, as baronesas causam mau cheiro e podem provocar a morte de peixes. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Paulo Afonso, desde o ano passado, a espécie tem avançado desordenadamente pelo Rio São Francisco e tem causado transtornos para diversas cidades ribeirinhas.

Para não prejudicar o turismo e o ecossistema local, a Prefeitura tem utilizado máquinas para retirada da planta.

Além da retirada das baronesas, uma ação preventiva tem sido realizada no município. Uma contenção feita pela Prefeitura tem evitado que um maior volume da planta chegue até as margens, mas em tempos chuvosos a quantidade pode ultrapassar o que é suportado pelas engrenagens.

O secretário de Meio Ambiente, Ivaldo Sales diz manter contato com a Chesf para que a empresa possa implementar uma outra contenção. Dessa forma, a contenção da Chesf funcionaria junto com a da prefeitura, diminuindo os riscos de proliferação da planta.

Ainda de acordo com a Prefeitura, a nova quantidade de baronesas deve ser retirada nos próximos dias.

Em 2020 a Justiça Federal determinou que seja feita a retirada de plantas conhecidas como baronesas de três reservatórios e de parte da orla do Rio São Francisco, nos municípios de Paulo Afonso e Glória, localizados no norte da Bahia.

A decisão inclui os reservatórios de Moxotó, Itaparica e PA4, além de partes da orla do Rio São Francisco, e foi tomada após pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA)

As medidas determinadas abrangem o manejo e retirada das baronesas, que têm impactado negativamente nas atividades econômicas dos municípios, como a piscicultura e o turismo, além da vida da população que vive nas cidades.

Em nota, na época  a ANA disse que o controle das baronesas não é competência legal dela. Informou ainda que a agência tem a função de outorgar e fiscalizar os usos múltiplos da águas em rios em domínio da União.

Já a prefeitura de Paulo Afonso disse que tem feito a retirada das baronesas na prainha, que também está fazendo um barramento instalado entre os bairros Centenário e Oliveira Brito.

A Embasa informou que foi notificada pela Justiça Federal para que auxilie na elaboração e efetivação no plano de manejo das plantas aquáticas, e disse que ainda vai decidir se adotará medidas cabíve para recorrer.
 

Redação redeGN Foto Ilustrativa