Rio São Francisco: expectativa é que no mês de março volume útil da barragem Sobradinho ultrapasse 85%

A reportagem da REDEGN apurou que o reservatório de Sobradinho, Bahia, pode chegar a 85% do seu volume útil no mês de março, isto deve acontecer com a continuidade das chuvas no Alto São Francisco. 

Nesta quarta-feira 5, o volume útil da barragem Sobradinho é 55,80%. A vazão afluente (água que entra) é de quatro mil metros cúbicos por segundo. A defluência (água que sai) é de 800 metros cúbicos por segundo.

A barragem de Sobradinho recebe água de Minas Gerais e os rios localizados no oeste da Bahia. O Comitê Hidrográfico da Bacia do São Francisco-CHBSF faz monitoramente através de 35 estações. 

Após as chuvas registradas nos últimos dias no Centro-Oeste de Minas, a nascente histórica do Rio São Francisco transbordou ontem terça-feira (4), no Parque Nacional da Serra da Canastra, em São Roque de Minas.  O cenário é bem diferente ao de 2014, quando a nascente secou em meio a uma crise hídrica que assolou a região. 

O nível de água do Rio São Francisco também tem aumentado consideravelmente. Em Bom Jesus da Lapa, o leito do rio já subiu cerca de 7 metros no ponto de monitoramento situado na Barrinha, onde são feitas as leituras para Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF)

A Chesf ressalta que, com o objetivo de mitigar possíveis impactos da elevação de vazões, é imprescindível que seja fortemente evitada a ocupação de áreas situadas nas planícies de inundação.

A expectativa dos pescadores e agricultores é que com a continuidade das chuvas, ocorro o mesmo fato do ano 2009, quando Sobradinho chegou a 100% de sua capacidade.

Esse cenário se construiu em virtude das chuvas, ocorrida principalmente em Minas Gerais, que possibilitaram um aumento significativo do nível do reservatório, após oito anos de escassez hídrica.

O Reservatório de Sobradinho vem liberando vazões da ordem de 800 m³/s e mesmo com a melhora em seu nível de armazenamento, não há previsão, no momento, de aumento dos valores das vazões liberadas pelas usinas no Rio São Francisco operadas pela Chesf. 

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Redação redeGN Texto e Fotos Ney Vital