APLB de Juazeiro e Associação dos Aposentados e Pensionistas mostram preocupação e cobram explicações da prefeitura pela ausência de nomeação dos conselheiros do IPJ

A APLB Sindicato de Juazeiro quer saber do governo municipal porque ainda não foi divulgada a lista dos novos conselheiros do Instituto da Previdência de Juazeiro (IPJ).

Pela Lei 2.152/2011 o Instituto de Previdência de Juazeiro (IPJ) é administrado pelos Conselhos Deliberativo, Fiscal e Diretoria Executiva, mas há grande preocupação da entidade quanto às nomeações para os Conselhos que até o presente momento não são de conhecimento da sociedade juazeirense.  

A preocupação da APLB quanto à demora da publicação do nome dos novos conselheiros é somada à indignação pela forma com que a atual gestão está fazendo a escolha dos conselheiros. “Várias modificações foram feitas a partir de um Projeto de Lei encaminhado pela prefeita Suzana Ramos, que tira a autonomia de paridade dos Conselhos. Quando a prefeita coloca no projeto a escolha em lista sêxtupla para que ela possa escolher, isso tira o caráter democrático e paritário dos Conselhos do IPJ”, alerta o diretor da APLB Sindicato, Gilmar Nery.  

Ele lembra que a APLB recebeu um ofício solicitando que fossem enviados os nomes para indicação e participação dos Conselhos, o que foi feito, mas até o momento, a composição ainda está em aberto, quando a posse já deveria ter sido realizada desde o mês de setembro. “Nossa preocupação está no fato de o IPJ ficar durante esse período, sem a fiscalização dos Conselhos o que é muito grave e caracteriza uma grande insegurança para os servidores, além de deixar a diretoria executiva livre para fazer que quiser sem nenhum tipo de fiscalização”, ressalta Nery. 

O diretor da APLB lembra ainda que “essa preocupação não é apenas da entidade, mas também do ex-presidente do Conselho Deliberativo do IPJ professor Suélio, que hoje é uma das pessoas de maior conhecimento em RPPS (Regime Próprio de Previdência Social)”. 

A Associação dos Aposentados e Pensionistas de Juazeiro também manifestou estar preocupada com a situação. O professor João Pereira Regis (Professor Regis), que representa os servidores deixou claro que “não se sabe mais como está sendo desenvolvida a administração do Instituto diferente do governo passado quando o IPJ sempre teve a liberdade de ser administrado pelos Conselhos e pela diretoria conforme a Lei 2.152. É preciso que a gestão da prefeita Suzana Ramos explique quais os motivos das mudanças das regras da lei para nomeação”.  

Segundo o Professor Regis, chegou até à Associação a informação de que algumas pessoas estão fazendo curso do CPA 10 (certificação profissional), mas para ele “o curso deveria estar sendo oferecido a todos que fossem nomeados em Diário Oficial, para que tenham conhecimento do que é o IPJ, do que se passa lá dentro. Enquanto representante dos servidores aposentados da educação, estou muito preocupado porque até agora não houve a nomeação, mas estamos de olho nessa situação e estaremos firmes na luta em busca do seja bom para o servidor aposentado inativo”, finaliza Professor Regis.  

Ascom-Aplb Foto Geraldo José