Caso Beatriz: Caminhada por Justiça terá início no dia 5 de dezembro

Na canção "Pedaço de mim", o cantor e compositor Chico Buarque, fala da ausência física: Oh, metade afastada de mim leva o teu olhar que a saudade é o pior tormento é pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar...que a saudade é o revés de um parto,  a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu"...

É com este sentimento que Lucia Mota e Sandro, pais da garota Beatriz Angélica, assassiinada dentro de uma escola particular de Petrolina, iniciam no próximo dia 5 de dezembro, uma caminhada de protesto saindo de Petrolina até Recife, num percurso de mais de 700 Km.

Na manhã desta terça-feira (30), Lúcia Mota informou que está prepara, "fisicamente e psicologicamente", e que durante o longo percurso vai ter apoio técnico e médico, com paradas e manifestações em várias cidades ao longo da caminhada. 

O protesto tem o objetivo de chamar mais uma vez das autoridades de segurança pública do Estado de Pernambuco. “Completa um ano que o consulado americano fez esse pedido de autorização para que uma empresa especializada dos EUA tenha permissão para investigar o caso, ajudar na investigação, e nenhuma resposta foi dada pelo governador, nem de sim, nem de não”, destacou Lucia Mota. 

Lúcia disse que o Governo de Pernambuco também não responde ao pedido de federalizar a investigação.

A caminhada começa por volta das 3h da manhã do dia 5, com saída do Posto Paizão, em Petrolina e o destino é o Palácio das Princesas, sede do governo de Pernambuco.

Nas redes sociais o Grupo todos por Beatriz escreveu: “O Grupo “Somos Todos Beatriz” integrado por familiares, amigos e sociedade civil busca incansavelmente por um desfecho desse caso e mais uma vez precisamos do seu apoio. Estamos realizando uma caminhada saindo de Petrolina-PE com destino a Recife-PE. Saída dia 05/12 às 03h horas da madrugada, Posto Paizão II; Destino Recife-PE, Palácio das Princesas”, escreveram.

Lucia Mota segue na luta por justiça e diz que não vai parar enquanto não houver uma solução, qualquer que seja, para o caso da morte da sua filha: “Essa ação é por amor a minha filha Beatriz, não aceito tamanha injustiça com ela. Nenhuma mãe merece perder um filho, muito menos ter a sua dor reprimida pelo Estado. Não vou me cansar, nunca irei desistir, quero justiça por Beatriz”, destacou.

Redação redeGN