HDM discute MIOCARDIOPATIA PERIPARTO com os principais centros de assistência, ensino e pesquisa do país

A equipe de Ginecologia/Obstetrícia do Hospital Dom Malan discutiu, na última terça-feira (06), o tema MIOCARDIOPATIA PERIPARTO com os principais centros de assistência, ensino e pesquisa do país.

O momento aconteceu durante a Reunião Médico-Científica da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com mais 12 instituições do país, entre elas o HDM.

A apresentação do caso clínico discutido foi feita pela Residência de Obstetrícia de Alta Complexidade (R4) da Unifesp e o Estado da Arte em Miocardiopatia Periparto pelo Prof. Felipe Favorette, Mestre em Obstetrícia pela UNIFESP e pelo Prof. Daniel Born, responsável pelo Setor de Cardiologia em Obstetrícia da UNIFESP.

A Miocardiopatia Periparto (MPP), também chamada de cardiomiopatia associada à gravidez, é uma causa rara de insuficiência cardíaca (IC) que afeta mulheres no final da gravidez ou no puerpério. A sua ocorrência é relativamente rara e a taxa de mortalidade materna associada é de 10 a 32%.

A causa exata ainda é desconhecida e provavelmente é uma doença multifatorial, incluindo o papel de deficiências nutricionais que podem ocorrer na gestação, alterações genéticas, infecções virais, álcool, estresse e autoimunidade.

A principal característica consiste em insuficiência cardíaca materna no último mês de gestação ou em até cinco meses após o parto. A disfunção ventricular ocorre mesmo sem antecedente de cardiopatia e em mulheres previamente saudáveis.

O diagnóstico foi estabelecido com base em exames complementares, incluindo-se radiografia de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma. O tratamento visa melhorar o inotropismo cardíaco e reduzir as manifestações de congestão pulmonar associados. Pesquisas ainda são necessárias para esclarecer e estabelecer a melhor opção terapêutica para essa desafiante entidade clínica.

“Apesar de ser algo relativamente incomum e que ainda requer estudos, nós aqui do HDM temos a base científica mais atual para manejar uma paciente com tais sintomas. Isso graças a esse grupo de estudo que nos mantém alinhados ao que de mais moderno se tem feito nos principais centros do país. Sem dúvida, esse é um ganho para os profissionais do Dom Malan e mulheres aqui atendidas”, acredita o especialista em medicina fetal, Dr. Marcelo Marques.

Ascom