Recife tem em 2020 o menor número de roubos da série histórica

O fechamento dos índices de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP) em 2020 colocou o Recife em destaque no combate a esses crimes desde o início da série histórica de estatísticas criminais, iniciada em 2005.

A capital pernambucana registrou 17.781 roubos no ano passado, -57,3% em relação aos 41.650 boletins de ocorrência de 2016, ano com o maior número de casos notificados às polícias.

Dezembro de 2020 também alcançou a menor incidência na cidade nesse mês, quando analisados os últimos 16 anos. Foram 1.400 roubos. O maior índice registrado em dezembro havia sido em 2016, com 4.002 crimes patrimoniais. Isso significa uma redução de 65% entre o maior e o menor patamar.

Em Pernambuco, as estatísticas de CVP de 2020 apontam menos 26.915 crimes de roubo em relação a 2019. A diminuição foi de 33,8%, saindo de 79.629 crimes para 52.714. No mês passado, ocorreram 4.005 roubos, contra os 5.710 de dezembro de 2019. Corresponde a uma diminuição de 29,86% nesses tipos de infração, que englobam roubos de veículos, celulares, cargas, ônibus, entre outros. Conforme as estatísticas da Secretaria de Defesa Social (SDS), já são 40 meses consecutivos de retração, sempre comparando-se com os mesmos meses do ano antecedente.

"Tivemos em 2020 o mais baixo quantitativo de CVPs dos últimos sete anos em Pernambuco, acima das 51.406 ocorrências verificadas em 2013 e das 50.548 de 2012, o melhor ano do Pacto pela Vida. Os números do ano passado refletem a produtividade das nossas forças de segurança, que precisaram trabalhar em um esforço redobrado nesse ano atípico, devido à pandemia. Ao todo, conseguimos apreender 6.742 armas e autuar 56.065 pessoas autuadas em flagrante delito, contribuindo para aumentar a sensação de segurança dos pernambucanos", declarou o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.

REDUÇÃO EM TODO O TERRITÓRIO - Em dezembro, a diminuição dos CVPs de 2019 para 2020 ocorreu do Litoral ao Sertão. O percentual de queda mais acentuado foi obtido pela Zona da Mata, com -38,10% (de 601, em dezembro de 2019, caiu para 372). Em seguida, vieram o Sertão, com -33,85% (de 322 para 213); Região Metropolitana, com -27,71% (1.696 para 1.226); e Agreste, com -26,14% (1.075 para 794). O Recife apresentou uma retração de 30,56% (2.016 para 1.400). 
 
Em todo o ano, a capital se distinguiu entre as regiões por atingir -38,21% no confronto entre os índices dos dois últimos anos. Na cidade, as queixas de roubo passaram de 28.778 para 17.781. O segundo melhor recuo pertence à Zona da Mata, onde a população denunciou 5.093 crimes violentos contra o patrimônio no ano passado, -34,03% em relação aos 7.720 de 2019. Depois, o Agreste apresentou queda de 32,51%, saindo de 14.908 para 10.062 casos. Percentual próximo ao da Região Metropolitana, onde os roubos diminuíram de 24.178 para 16.872, ou -30,22%. Por sua vez, o Sertão evidenciou uma queda de 28,16%, de 4.045 para 2.906.

Ascom