Agricultura Familiar: Projeto Mandacaru completa 30 anos

“Devemos colocar o nome de Mandacaru, pois além de ser uma planta nativa no Semiárido, é muito resistente”. Diziam como sugestão de nome para a Entidade há 30 anos, os participantes de um encontro das Comunidades Eclesiais de Base – CEBs, em referência à resistência do cacto símbolo do Semiárido e que, desde o princípio já se configurava como uma marca do grupo: o compromisso resistente e atuante contra um modelo de sociedade excludente, desigual e injusto.

O Projeto Mandacaru propõe a construção de uma sociedade pautada nos princípios da justiça social, do protagonismo comunitário e da sustentabilidade.

O Centro de Formação Mandacaru, foi fundado no dia 30 de novembro de 1991, com o objetivo principal de “Promover a cidadania dentro da realidade nordestina, atuando no campo do desenvolvimento sociocultural, econômico, religioso e educacional”.

Diante do quadro social presente no Nordeste brasileiro nessa época, o Mandacaru prioriza algumas linhas de ação voltadas para atender algumas necessidades existentes na região do Piauí. Entre as áreas de atuação, priorizou os seguintes temas nas comunidades: Fortalecimento dos movimentos religiosos; Apoio alimentar as crianças de famílias carentes; Formação popular e Organização comunitária.

No ano de 1991 foram criados grupos da Pastoral da criança, que atendia as famílias e crianças de baixa renda no incentivo ao aleitamento materno, complemento nutricional com alimentos multimistura, acompanhamento no desenvolvimento das crianças com pesagem periódicas e formações diversas para as famílias. Esse acompanhamento aconteceu nas comunidades: Lagoa do São Francisco, Lagoa do Sucuruju, Olho D´água dos Paulinos, Carnaúbas, São João, Mangabeira, Cachimbo e Azeitão e nos Bairros, Areia Branca e Cristo Rei. O Mandacaru atuou com esse trabalho por quase 20 anos, uma equipe visitava as famílias nas comunidades e realizava eventos de orientação e formação.

Com o tempo a Entidade expandiu suas ações. Atualmente, conta com duas escolas, (Escola Infantil Asa Branca e Ecoescola Thomas a Kempis), atendendo crianças e jovens no campo da educação formal. Continua atuando com formação popular nas comunidades através das Escolas Bíblicas, além de executar projetos nas áreas de acesso á água, à terra, à produção e comercialização de produtos agroecológicos na agricultura familiar.

Redação redeGN