Artigo: Arrependimento não mata 

No próximo dia 15 de novembro todos os brasileiros aptos a votar estarão de volta às urnas depois de um intervalo de pouco mais de 4 anos, quando aconteceu a última eleição para escolha dos representantes do Executivo e Legislativo dos municípios.

É uma oportunidade única de fazer valer um dos principais direitos cívicos, o de escolher democraticamente aqueles que irão ser os representantes na esfera municipal. Como telespectadores os eleitores terão a oportunidade de julgar, mesmo que seja no seu íntimo, os candidatos que se apresentaram ou foram apresentados. 

As pessoas se arrependem do que fizeram e do que deixou de fazer, ou seja, se arrependem com tudo. Mas, o que seria do arrependimento se ninguém mudasse de atitude? A vida não é só de acertos, não precisa ser inteligente e ter escolaridade para ter coração, alma, caráter e personalidade. Por tanto, arrependa-se e conserte aquilo que deu errado, seja qual foi o erro. 

Se tratando de eleição política, a saída para evitar se arrepender talvez seja aprender a fazer escolhas melhores, não se auto enganar e, se possível, analisar antes todas as consequências positivas e negativas do voto. Assim, o risco de se arrepender depois é menor. 

No dia da eleição, na cabine eleitoral, a opção do votante não poderá ser refém da estratégia utilizada na campanha do votado. Para não incorrer em erro, é bom saber que a maneira como o eleitor se comporta no presente pode traçar ocorrências negativas no futuro. Apesar de ser uma decisão individual o voto faz parte de uma grande força coletiva, capaz de mudar literalmente uma história. Pense nisto. 

A vida é feita de escolhas e assim como em uma competição é submetida a regras que estabelecem quem vence e quem perde. A maneira como se preparou físico e psicologicamente e o comportamento no momento de uma disputa são os responsáveis pelo resultado. As opções tomadas e as estratégias aplicadas traçarão o tamanho da vitória ou da derrota. 

Ser campeão não é sinônimo de 'ser um vencedor'. Ganhar não é uma regra para os que vivem em constante competição. O importante é lutar; vencer é uma consequência e nem sempre uma escolha. 

Emoção e razão são sentimentos distintos, apesar de um contemplar o outro e serem lembrados simultaneamente. Quando se trata de comportamento humano os dois precisam inevitavelmente estar juntos, com a razão aparecendo sempre em primeiro plano. 

Forte é o povo! 

*Gervásio Lima - Jornalista e historiador