Bancários da Caixa lançam Carta Aberta para defender condições de trabalho e banco 100% público

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e o Comitê em Defesa da Caixa divulgaram, nesta sexta-feira (31), uma Carta Aberta à População na qual defendem condições dignas de trabalho, respeito aos empregados, atendimento digno à sociedade e manutenção do banco 100% público.

Os representantes dos bancários criticam a fragilidade das ações do governo Bolsonaro no combate à covid-19 e no enfrentamento da crise econômica como também enfatizam o papel social da Caixa.

No documento “O empregado da Caixa é essencial para o Brasil seguir em frente”, a Fenae e o Comitê relatam as precariedades das condições de trabalho dos empregados, com extrapolação de jornada, pressão e cobranças por metas abusivas, além da exposição à contaminação ao coronavírus por conta das aglomerações e filas que voltaram a ser registradas em agências de diversos locais do país. 

As entidades também reforçam, na Carta, que os bancários não têm medido esforços, inclusive com trabalho aos finais de semana, “enfrentando riscos diários de sua contaminação e de seus familiares para garantir que nossa população tenha condições de sobrevivência durante o período de pandemia”.

O documento destaca ainda que os empregados vêm realizando, desde o início da pandemia, um serviço essencial ao país. E que, apesar de “se desdobrarem a cada dia”, têm sofrido críticas, ofensas e até agressões por conta da desorganização do governo e de falhas no sistema de pagamento do auxílio emergencial. Mesmo enfrentando hostilidades, os trabalhadores do banco — conforme enfatizam a Fenae e o Comitê em Defesa da Caixa — já atenderam mais da metade da população, demonstrando que a Caixa Econômica é imprescindível como banco público e primordial em sua ação social.

“Defender a Caixa, como banco público, passa também pelo reconhecimento de seus empregados e pela defesa de melhores condições de trabalho”, diz a Carta. “São eles que, desde o início da pandemia, mostram a força desse banco público. São eles que hoje formam a maior e mais efetiva frente de auxílio à população. Eles merecem respeito, reconhecimento e valorização”, acrescenta o documento.

Ascom Fenae