Caatinga: Diálogos entre conhecimento tradicional e científico” destaca experiências das comunidades de Campo Formoso (BA) e Exu (PE)

Será realizado nos dias 15, 17 e 19 de junho, às 15 horas, na plataforma Google Meet,  o 8º Workshop Potencial Biotecnológico da Caatinga. O evento é uma realização do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em 2020 o Seminário trará para discussão o tema “Diálogos entre conhecimento tradicional e científico”.

O 8º Workshop “Potencial Biotecnológico da Caatinga” representa um marco na consolidação do Núcleo de Bioprospecção para promover a conservação da Caatinga, criado pelo Insa, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e diversas outras instituições de pesquisa articuladas conforme suas especialidades.

Nesta edição do evento serão discutidos os temas:  1º Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (COOPES), Capim Grosso (BA); 2º Comunidade Tradicional do Entorno do Parque Nacional do Catimbau, Buique (PE), e 3º Associação dos Agricultores Familiares da Serra dos Paus Doias (AGRODOIA), Exú (PE), conforme calendário previsto na programação.

O objetivo do evento consiste em promover a discussão sobre a biodiversidade e caracterização da Caatinga e de seu potencial biotecnológico, assim como sobre o marco regulatório da legislação que controla a exploração desta área. O público-alvo consiste em estudantes de graduação e pós-graduação; ambientalistas; gestores públicos; representantes de órgãos de fomento; pesquisadores e representantes de Organizações da Sociedade Civil.

Participam do 8º Workshop “Diálogos entre conhecimento tradicional e científico”, representantes da UFPE, do Instituto Federal Baiano (IFBaiano), Prefeitura de Buíque (PE), COOPES LICURI do Sertão (Bahia) e AGRODIA.

Os trabalhos do Núcleo se encontram voltados à busca de moléculas bioativas de plantas da Caatinga que têm despertado o interesse de pesquisadores em função de suas potenciais atividades biológicas, tais como: antimicrobiana, tóxica e citotóxica, antitumoral, mitogênica, anti-inflamatória, cicatrizante, analgésica e anti-veneno, o que resultará em uma nova concepção de conservação e uso sustentável para toda a Caatinga, em contraponto à forte supressão vegetal a qual tem sido submetido o bioma, com quase 50% de perda da sua área no Semiárido brasileiro.

Outro aspecto importante refere-se ao potencial de participação e de retorno social que o Núcleo pretende empreender junto aos agricultores, cujas parcelas do bioma estarão sendo pesquisadas, possibilitando à comunidade campesina tornar-se sujeito da pesquisa.

Demonstrar a importância e aplicação terapêutica dos produtos naturais da Caatinga poderá, de alguma forma, despertar a sociedade brasileira para a importância de preservar e de utilizar os recursos vegetais biodiversos do bioma, de forma sustentável.

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Ascom Insa