Tachada de “Lei da Mordaça” pela oposição, projeto gera atrito entre o presidente da Câmara Alex Tanuri e o empresário Carlos Neiva

Por maioria simples e com os votos contrários de Allan Jones, Aníbal Araújo e Domingão da Aliança a Câmara de Vereadores de Juazeiro aprovou na sessão ordinária virtual desta segunda-feira (04) o projeto de autoria do Vereador Alex Tanuri (PP) que “Dispõe sobre a aplicação de sanções a pessoas físicas ou jurídicas, que dolosamente, valendo-se da internet, redes sociais ou outros meios, divulgar informação ou notícia falsa que possa desvirtuar a verdade sobre a saúde, epidemias, endemias ou pandemias, que afete o interesse público relevante no âmbito do Município de Juazeiro”.

O projeto foi justificado pelo vereador como “de extrema importância no momento em que vivemos, quando uma informação falsa, disseminada pelas redes sociais pode levar à morte”. Antes da votação, no entanto, o Pastor Teobaldo Pedro, o empresário Carlos Neiva, ambos pré-candidato a prefeito de Juazeiro e vários ouvintes no Programa Geraldo José (Transrio FM) expressaram seu descontentamento com a proposição.

O Pastor Teobaldo foi o primeiro a se manifestar no programa “Essa proposição tem como objetivo intimidar os cidadãos que todos os dias observam os erros da gestão e por meio de críticas e denúncias nas redes sociais apresentam as mazelas do governo”.

Carlos Neiva expressou que a intenção é calar as vozes que se manifestam na cidade. “A gente tem bastante receio de como essa lei pode ser usada neste momento, para calar vozes que sejam na verdade, contrárias e críticas a situação em que se encontra Juazeiro”.

Por telefone, o presidente da Câmara e autor da proposição Alex Tanuri argumentou que a insatisfação de Neiva era “porque não faz mais parte do governo onde se locupletava vendendo fardas para as administrações que chegou a integrar”.

Em resposta, Carlos Neiva, alegou que “pelo contrário, ele (Alex) e a família Tanuri sempre se deram bem na política ‘comprando votos’ razão pela qual pretende impedir as pessoas de se manifestarem publicamente”. 

A discussão esquentou e ao que parece vai para nas barras da justiça.

Da redação