Covid-19: Especialista fala sobre psicologia social durante a pandemia

Desde o mês de março, o mundo vive a pandemia da Covid-19. Diante desta situação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a necessidade de “ficar em casa”, para evitar a transmissão da doença.

É essencial nesta época, enquanto sociedade, transformar o isolamento em cuidado coletivo, confrontando de forma eficaz a doença.

O psicólogo e professor da Rede UniFTC Laerte de Paula faz uma análise psicossocial dos efeitos produzidos pela quarentena. “O objetivo da psicologia social é entender como produzimos nossa subjetividade em meio a um contexto sociocultural. Vivemos uns com os outros e as nossas ações atravessam a vida, o adoecimento e a morte, portanto é de fundamental importância pensar coletivamente, sobretudo em tempos de pandemia. Para muitas pessoas o simples fato de lavar as mãos já se torna muito difícil, pois nem sequer tem acesso a abastecimento de água. Pensar hoje em cuidado com a saúde passa necessariamente no olhar ao outro, em suas relações cotidianas e na sociedade em termos macro políticos”, informou.

Para o especialista, a pandemia da Covid-19 mostra para todos nós que a vida é algo prioritário e, a partir daí, não há mais como pensar de forma isolada. “Pelo contrário, a vida do outro depende de minhas ações. Quando a gente se coloca neste movimento de cuidar de si e se manter em casa, acabamos caminhando na direção de preservar a vida do outro”, pontua o professor Laerte de Paula.

Para Laerte, nos tempos atuais, além seguir as recomendações básicas preconizadas pelo Ministério da Saúde e OMS, é necessário pensar em uma espécie de filtro de notícias veiculadas pelas mídias ou redes sociais.

É primordial amparar outras vidas, principalmente àquelas que vivem em situação de vulnerabilidade maior que a nossa. A psicologia social pensa que qualquer processo psicológico passa por algo que se constrói histórico culturalmente. Pensar em Saúde Mental passa por esta dimensão coletiva da nossa existência humana. Nesta época é necessário um olhar especial na vida do outro e de nós mesmos”, concluiu o psicólogo.

Ascom/UniFTC