“Meu objetivo é coletivo. Ser artilheiro é uma conquista individual que acontece naturalmente” diz Clebson, destaque na Juazeirense

José Clebson de Lima nasceu em Agrestina-PE, em 04 de setembro de 1985. Aos 34 anos, veste a camisa da Desportiva Juazeirense pela segunda temporada consecutiva.

Com passagens pelo futebol europeu, Clebson foi jogador do Hellas Verona e do Como, equipes italianas, mas iniciou a carreira de jogador de futebol no Central de Caruaru, em 2003.

No Brasil, além da Juazeirense, jogou em equipes do Nordeste (Central-PE, Treze-PB, Salgueiro-PE, Icasa-CE, Ferroviário-CE, América-RN); Sul (Brusque-SC, Figueirense-SC, Brasil de Pelotas-RS), e Sudeste (Boa Esporte-MG, Linense-SP, São Bento-SP, Oeste-SP, Guarani-MG, Pouso Alegre-MG e Anápolis-GO).

Em 2019, na sua primeira passagem na Juazeirense, Clebson atuou em 13 partidas e marcou 2 gols em jogos do Brasileiro da Série D, contra o Aparecidense e o Patrocinense, meta igualada em 2020, em apenas cinco jogos pelo estadual. Um dos gols, marcado contra a Jacuipense no último domingo 16, contribuiu para o Cancão de Fogo conquistar sua primeira vitória e manter a invencibilidade no campeonato baiano.

A boa fase vivida pelo meia-atacante tem a confiança de todos os treinadores que passaram pela Juazeirense esse ano, e o respeito da diretoria e da fiel torcida do Cancão, que o trata como um verdadeiro ídolo.

Nos treinos de terça e quarta-feira, Clebson conversou com o site sobre o bom momento da equipe e sua fase de artilheiro. Confira os melhores momentos:

Pergunta: Como você analisa a campanha da Juazeirense no campeonato baiano?

Resposta: Na minha opinião, a equipe fez dois bons jogos fora de casa, empatando com o Vitória e o Jacobina. Nos empates dentro de casa, mesmo contra o Bahia, ficou um pouco de frustração. A vitória de domingo, contra o Jacuipense, veio na hora certa e pode ser um divisor de águas na campanha para a segunda fase. O grupo ganhou confiança e, individualmente, vai melhorar o rendimento de todos nós dentro de campo.

Pergunta: O próximo adversário será o Fluminense, fora de casa. O que você projeta para essa partida?

Resposta: Eu estou confiante num bom resultado, quem sabe uma vitória que pode nos colocar no G-4, com todo respeito ao Fluminense, equipe tradicional e que é nosso adversário direto na luta pela classificação.

Pergunta: O que fazer para derrotar esse tradicional rival?

Resposta: Primeiro, temos que aproveitar essa semana sem jogo para aprimorar nossa equipe nos treinos, procurando corrigir aquilo que a gente vem pecando em alguns jogos. Durante o jogo, é manter o foco, praticando um futebol solidário e objetivo. O adversário é difícil, mas não imbatível.

Pergunta: Percebe-se em suas últimas atuações, uma sutil mudança de posicionamento, que lembra aquele Clebson cuja característica mais forte é o chute de média distância e a penetração na área tabelando para fazer o gol. Como se deu essa mudança? É iniciativa sua ou determinação do treinador?

Resposta: Realmente, meu forte sempre foi chegar na área e finalizar de média e longa distância. No início do campeonato, eu tinha a orientação de ajudar na marcação e isso me deixava distante da área e do meu companheiro de ataque. Com a chegada de Laelson, isso mudou, ele me deu confiança e eu ganhei liberdade para atacar, arriscar mais e dividir as ações de área com meus companheiros de ataque. Isso tudo é um conjunto que se aprimora à medida que os treinos e jogos vão acontecendo.

Pergunta: 50% dos oito gols marcados pela equipe no campeonato, tem as marcas sua e de Nino Guerreiro, com dois gols cada. Existe uma luta particular para se tornar o artilheiro da temporada?

Resposta: Não, de minha parte, não. Quero continuar a marcar gols, para as vitórias do time, mas sem a pretensão de ser o artilheiro. Meu objetivo é coletivo, para ajudar o clube. As conquistas individuais elas vão acontecer naturalmente e serão sempre bem-vindas.

Carlos Humberto - Ascom / Juazeirense