“Exigir experiência de jovens que estão entrando no mercado de trabalho é cruel”, diz coordenador do Procon de Juazeiro

A busca por emprego é acentuada e repercutiu em todo o país nos últimos dias uma matéria publicada pelo Blog GJ Notícias, quando uma jovem Juazeirense, Maryane Nascimento, se postou em praça pública com um cartaz implorando por emprego. A atitude da jovem viralizou nas redes sociais e ela garantiu, além do emprego, uma exposição de mídia que chegou ao Brasil através do programa Encontro, com Fátima Bernardes, na Rede Globo.

A ação de Maryane motivou outros a buscar emprego e nas ruas de Juazeiro e Petrolina, nos últimos dias, mais de uma dezena de jovens buscaram o mesmo expediente para tentar obter o êxito na busca pela vaga tão sonhada. O assunto virou um dos temas mais discutidos nas redes sociais e nesta terça-feira (26) o advogado Ricardo Penalva, Coordenador Executivo do Procon, em Juazeiro, criticou nas suas redes sociais uma atitude que, segundo ele, tem afastado muitos jovens da oportunidade de emprego: a exigência de experiência por parte de empregadores.

De acordo com Penalva a exigência dessa experiência está respaldada na CLT, mas moralmente, num período crítico de desemprego, não deveria ser aplicada: “Muitos comerciantes fazem esta exigência, ela existe, está no artigo 442 A da CLT, mas moralmente falando ela é cruel. É cruel porque a maioria dessas pessoas que estão nas sinaleiras à procura de emprego são jovens que acabaram de entrar no mercado de trabalho. Então, se não tem experiência não vão ser contratadas nunca”, sentenciou. 

O advogado ponderou aos comerciantes de Juazeiro e Petrolina que que abram seus corações: “olhem a situação dessas pessoas, elas não estão nas sinaleiras porque gostam, porque acham bonito não, estão lá porque precisam e fazer essa exigência de experiência de 6 meses é cruel, é brutal. Então gente, abram seus corações”, apelou.

Da redação Blog Geraldo José