Ministério do Meio Ambiente e Universidade baiana lançam sistema de monitoramento para o Semiárido

O Ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, assinou nesta sexta-feira (18), em Brasília, Acordo de Cooperação Técnica (ATC) com o Instituto Arapyaú de Educação e Desenvolvimento Sustentável, que tem a missão de compartilhar informações sobre o uso da terra, no âmbito do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo do Brasil (MapBiomas).

A iniciativa é uma ferramenta colaborativa da sociedade civil, aberta ao público, que possibilita acompanhar o uso da terra anualmente, de 1985 a 2017. "O projeto é um instrumento poderoso para que possamos enxergar o resultado de ações de comando e controle, o que permite a uma atuação mais precisa", afirmou o ministro durante o III Seminário Anual do MapBiomas - Três décadas de Transformação do Território Brasileiro.

Para os nordestinos o ponto alto foi a apresentação da primeira versão do MapBiomas Árida, sistema de monitoramento da degradação das terras e risco de desertificação na região semiárida do Brasil. Edson Duarte destacou que a iniciativa é fundamental em um contexto de agravamento dos períodos de seca no Nordeste, onde, somente na Bahia, estado que tem a maior área ameaçada, 291 municípios estão em áreas suscetíveis à desertificação, de acordo com estudo da Embrapa Semiárido. "É um impacto muito grande para o bioma, fauna, flora e sua população expostos ao aumento da temperatura na região",

A plataforma, uma estratégia do Ministério para conter a desertificação e reduzir a vulnerabilidade climática no semiárido brasileiro, será executada pela Universidade Estadual de Feira de Santana (BA) e Associação Plantas do Nordeste (APNE).

Voltada a gestores locais e técnicos de organizações não governamentais e governamentais que acompanham e monitoram as áreas vulneráveis e as iniciativas de mitigação, o MapBiomas Árida tem apoio financeiro do GEF Caatinga e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 

Com informações do MMA