Espaço do Leitor: Ao amigo Lucien Paulo, pelos caminhos do excesso e da sabedoria
Lucien Paulo. Ponto. Ele pra mim sempre terá dois papéis principais: Jesus Cristo na Via Sacra e pai de minha amiga Lamêska na Via Veracidade. O que penso sobre ele, remete-me ao mundo da boemia, do excesso e do inconformismo. Penso assim, do ouvir falar, do contar sobre ele, dos mitos e invenções sobre a figura. Figuraça, diga-se de passagem. Mas o que ele vai deixar marcado em mim, das poucas vezes em que conversamos, é seu lado mais cordial e generoso. Sua característica marcante ao tratar comigo era a cordialidade e a atenção.
Ele gostava das coisas que eu escrevia, pensava e falava. Eu me sentia honrado por isso. Por admirar a fineza da sua inteligência e a rudeza da sua análise. Para mim, desde pequeno, pessoas que não se enquadravam nos padrões estabelecidos, são as mais interessantes. Foi assim na música, na poesia e na convivência. O pensar que destoa nos leva à margem, e toda generosidade produz novas invenções ou imaterialidades não suportáveis. No factual e na metafísica, Lucien optou por conhecer de átomo, de política e de poesia. Ia de um campo a outro com fôlego de atleta e impaciência de atacante. Optou pelo jogo complicado da existência. Não baixou a guarda e nem negou Deus...